Porto Feliz: o tratamento precoce da Covid-19

Mesmo com todos os alertas dos órgãos de saúde para utilização e distribuição em massa do kit- covid, e os muitos alertas para o tratamento precoce do novo coronavírus. Cidades como Porto Feliz, no estado de São Paulo iniciaram o seu próprio método para conter a doença. Segundo balanço divulgado pelo estado, São Paulo tem 529.006 casos do novo coronavírus, com 22.710 óbitos registrados pela doença, com maior incidência em São Paulo capital. Já o município de Porto Feliz, até o ultimo boletim que a cidade é citada, registra 674 casos, com 11 mortes confirmadas.

Em nota a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), esclareceu que ainda não existe nenhum medicamento com eficacia comprovada contra o novo coronavírus. ” Inicialmente, é preciso deixar claro que não existem estudos conclusivos que comprovem o uso desse medicamento para o tratamento da Covid-19, bem como não existem estudos que refutem esse uso.  Até o momento, não existem medicamentos aprovados para prevenção ou tratamento da Covid-19 no Brasil. Nesse sentido, as indicações aprovadas para a ivermectina são aquelas constantes da bula do medicamento. Cabe ressaltar que o uso do medicamento para indicações não previstas na bula é de escolha e responsabilidade do médico prescritor.” Disse o órgão.

Lançado em junho deste ano a plataforma chamada de “Covid tem tratamento sim” diz reunir um grupo de cerca de 10 mil profissionais dos mais variados estados e hospitais brasileiros, imbuídos nos estudos e na divulgação do procedimento por todo o país.  Ainda segundo o site As diretrizes da equipe rapidamente viraram fenômeno na internet.
Segundo a plataforma “Comprova” do uol, onde é verificada fake news sobre o coronavírus fez um levantamento da veracidade das informações presentes no site, segundo a pesquisa: “São enganosos o conteúdo e a proposta do site “Covid Tem Tratamento Sim”. A página diz que “após meses observando o desenvolvimento da covid-19 em vários países, a comunidade médica internacional tem a convicção de uma estratégia de tratamento resolutiva para a COVID-19”. A afirmação foi feita sem comprovação e sem a anuência mesmo de pessoas que supostamente apoiavam a iniciativa. Na analise, quatro das seis autoridades médicas citadas pelo site conversaram com a equipe e nenhuma delas soube informar quem criou a página ou mesmo quem pagou para ela ir ao ar.

De acordo com pesquisa feita em 55 instituições de pesquisa e publicada na The New England Journal of Medicine , um dos mais renomados periódicos científicos do mundo, revelou que o medicamento não promove qualquer benefício no tratamento de pacientes em estado moderado de gravidade.  A analise teve a participação de 667 pacientes, de 55 hospitais no Brasil, com confirmação ou suspeita de Covid-19, internados em estado leve a moderado de gravidade (necessitavam de no máximo 4 litros de oxigênio por dia). Desse total, 521 tiveram o diagnóstico confirmado e integraram o conjunto de indivíduos sobre o qual foi feita a análise principal. Eles foram divididos em três grupos: 168 receberam hidroxicloroquina, 175 foram medicados com hidroxicloroquina e azitromicina e 178 não tiveram adicionadas nenhuma das drogas ao tratamento. O estudo começou em março e foi concluído em junho.

Neste momento em que convicções, observações, resultados científicos preliminares apresentam resultados com desfechos diferentes e as metanálises não chegam, a responsabilidade do tratamento precoce ou do tratamento definitivo está no entendimento entre o medico prescritor e no paciente assistido.

Fortalecer o sistema imunológico e cuidados para diminuir a propagação do vírus é consenso entre todos

Segundo a reportagem publicada pela VEJA, a cidade de Porto Feliz, segue as recomendações médicas da plataforma “Covid tem Tratamento Sim” e com isso conseguiram isolar os casos, veja reportagem abaixo:

 

 

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