“O paciente com a Covid-19 precisa estar com a saúde bucal boa”, afirma presidente do Croba

A doença periodontal, uma infecção que afeta a gengiva, pode ser fator de risco para eventos ligados à trombose. E o paciente que sofre da Covid-19, muitas vezes toma medicamento para evitá-la. Com esse exemplo, o presidente do Conselho Regional de Odontologia da Bahia, Marcel Arriaga, defendeu nesta quinta-feira (28) que os dentistas baianos, parados desde março, possam voltar ao trabalho na iniciativa privada.
“O dentista lida com bactérias que correm o corpo. E o paciente com a Covid-19 precisa estar com a saúde bucal boa”, afirmou o presidente do Croba num bate-papo virtual com o deputado estadual Jacó (PT).
Doença que mata 15 mil brasileiros por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer, e tem o dia 31 de maio como data de alerta, o câncer bucal está ligado à bebida e ao fumo, mas quando diagnosticado precocemente não evolui.
“O câncer bucal não é como uma dor de dente. Muitas vezes é assintomático. Com o coronavírus, muitos dentistas não estão trabalhando. Normalmente, é ele quem observa um caroço, uma ferida ou mancha, chama a atenção do paciente, e manda o material para biópsia”, explicou Arriaga.
Com a publicação de decreto municipal proibindo uma série de atividades em função da Covid-19, o presidente do Croba contou que todos os atendimentos eletivos (contínuos) tiveram de ser suspensos e mantidos somente casos de urgência e emergência. Para promover a reabertura “gradual” dos serviços, foi criado um grupo técnico formado por faculdades de odontologia a fim de se estabelecer um protocolo de biossegurança.
“Não existe hoje na Bahia um dentista sem um protocolo estabelecido. O que ocorre é que estamos trabalhando em cima de um protocolo mais detalhado. Por isso precisamos do apoio das vigilâncias sanitárias, especialmente no interior, que sejam mais enérgicas, cobrem, autuem e interditem os maus profissionais, a fim de proteger os dentistas e a população”, comentou.
Durante o bate-papo, Marcel Arriaga também se mostrou preocupado com a situação econômica dos dentistas, a maior parte trabalhadores liberais, esquecidos no pacote de auxílio do governo federal.
“Somos 20 mil dentistas na Bahia. A odontologia é uma atividade essencial, assim como os supermercados. Nesse cenário de pandemia, não temos nenhuma rede de proteção. O Conselho Federal e os Conselhos Regionais foram buscar créditos juntos ao bancos, o dinheiro foi liberado, mas ainda não chega a quem precisa”.
Fonte:  Texto enviado pela assessoria de Comunicação do Deputado Jacó.

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