Ministro da Saúde fala para o Saúde no Ar e inaugura unidade na OSID

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, foi entrevistado pelo Programa Saúde no Ar – transmitido através da Rádio Excelsior da Bahia (840 AM), nesta quarta-feira (13), e falou sobre o novo Centro de Tratamento do Câncer das Obras Sociais Irmã Dulce – OSID, inaugurado por ele, logo após a entrevista, ainda na parte da manhã. Chioro falou da importância do novo centro para a saúde no Estado e disse que “com a inauguração da nova ala, a unidade vai poder ampliar o atendimento em até 500%, além de oferecer tratamentos voltados para o câncer como radioterapia e quimioterapia”.A Unidade de Alta Complexidade em Oncologia Nossa Senhora de Fátima pertence às Obras Sociais Irmã Dulce (OSID). São 1.700 metros quadrados de área construída, com 11 consultórios, 21 leitos e modernos aparelhos para tratamentos oncológicos. A estrutura foi erguida e equipada com recursos dos governos federal e estadual, além de doações.

Com a entrega de um acelerador linear, a nova ala do Hospital Santo Antônio passará oferecer um tratamento mais completo, incluindo os procedimentos de radioterapia. “Esta unidade é um dos elos na construção e ampliação de uma rede oncológica, que vai trabalhar na prevenção, na atenção à saúde, além de formar bem os profissionais para tratar os casos de câncer, com um elemento especial, que é o atendimento humanizado e o respeito a quem mais precisa”, ressaltou o ministro durante a solenidade de inauguração.

Para aquisição do aparelho foi firmado um convênio com o Ministério da Saúde ao custo de R$ 3 milhões. A nova unidade ampliará a capacidade de atendimento para cerca de quatro mil pessoas por mês pelo Sistema Único de Saúde (SUS), número 500% superior em relação à demanda atual do hospital. Além do tratamento em radioterapia, também serão realizados os serviços de quimioterapia, consultas ambulatoriais, biopsias, exames anatomopatológicos e cirurgias no campo oncológico disponibilizados pela instituição.

Para ampliar e qualificar o atendimento aos pacientes com câncer no Brasil, o Ministério da Saúde aumentou em 37,3% o investimento na prevenção, diagnósticos e tratamentos destas pessoas, entre 2010 e 2013, chegando a um orçamento de R$ 2,8 bilhões em 2013. O incremento permitiu um importante avanço no acesso da população a serviços, como a radioterapia, que registrou aumento de 21% no mesmo período, ultrapassando mais de 10 milhões de campos de radioterapia em 2013.

DOENÇAS EXANTEMÁTICAS

O ministro falou ainda sobre as doenças exantemáticas virais, aquelas que além de serem infecciosas são acompanhadas por erupção cutânea como rubéola, sarampo, parvovírus, oropouche , mayaro, dengue, chikungunya e zikavírus, revelando que equipes do Ministério, secretarias de saúde e especialistas colaboradores, estão investigando a análise feita pelo Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia (ICS/UFBA) que apresentou amostras com resultado preliminar de Zikavírus.

O Zikavírus tem evolução benigna, caracterizada por febre baixa, hiperemia conjuntival (olhos vermelhos) sem secreção e sem coceira, artralgia (dores em articulação) e exantema maculo-papular (erupção cutânea com pontos brancos ou vermelhos), dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas. A doença tem um período de incubação de aproximadamente 4 dias e os sinais e sintomas podem durar até 7 dias. No entanto, a maior parte dos casos não apresenta sinais e sintomas e não há registro de morte associada. O vírus é transmitido por meio da picada de mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue. Por esse motivo, as medidas de prevenção e controle são as mesmas já adotadas para a dengue e chikungunya.O Ministério da Saúde está acompanhando a investigação dos casos de doenças exantemáticas para definir os agentes causadores e adotar ações de vigilância, prevenção e controle complementares no país.

O tratamento é sintomático e baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) para febre e dor, conforme orientação médica. Não está indicado o uso de ácido acetilsalicílico e drogas anti-inflamatórias devido ao risco aumentado de complicações hemorrágicas, como ocorre com a dengue. Deve-se procurar o serviço de saúde para orientação adequada.O Ministério da Saúde está acompanhando a investigação dos casos de doenças exantemáticas para definir os agentes causadores e adotar ações de vigilância, prevenção e controle complementares no país.

Independente da confirmação das amostras para Zika Vírus, é importante que os profissionais de saúde se mantenham atentos frente aos casos suspeitos de dengue nas unidades de saúde e adotem as recomendações para manejo clínico conforme o preconizado no protocolo vigente, na medida que esse agravo apresenta elevado potencial de complicações e demanda medidas clínicas específicas, incluindo a estratificação de risco, hidratação e monitoramento.O Ministério da Saúde está acompanhando a investigação dos casos de doenças exantemáticas para definir os agentes causadores e adotar ações de vigilância, prevenção e controle complementares no país.

VACINAÇÃO INDÍGENA

De Salvador, o ministro viajou paras o município de Montes Altos, no Maranhão, para participar da mobilização do Mês de Vacinação dos Povos Indígenas (MVPI). No estado do Maranhão, a expectativa é vacinar 4.909 índios do distrito sanitário especial do estado. Até o dia 25 de maio, aproximadamente 131 mil indígenas aldeados, que vivem em áreas de difícil acesso, dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) do país, deverão ser vacinados. A visita do ministro estava programada para 14h30 na Aldeia São José.

A meta é intensificar a vacinação da população mais vulnerável, como crianças de até quatro anos, mulheres em idade fértil e idosos, que vivem nestas áreas, onde há baixa cobertura vacinal. Serão oferecidas, em todo país, 183.820 doses de vacinas contra várias doenças, como as hepatites A e B, rubéola, coqueluche, sarampo, caxumba, difteria, tétano, poliomielite, febre amarela, tuberculose, influenza, pneumonia, meningite, dentre outras.

O Ministério da Saúde informou que está investindo mais de R$ 3 milhões na logística, transporte e aquisição de insumos para a campanha deste ano. Um total de 2.867 profissionais está envolvido nesta ação, sendo que mais da metade – cerca de 1.500 trabalhadores – são agentes indígenas de saúde e de saneamento.

Ouça a entrevista de Arthur Chioro!

 

 

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