Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) as cesarianas só deveriam ser realizadas em caso de necessidade. O procedimento é como qualquer outra cirurgia, podendo trazer riscos a saúde. Durante a operação é possível ter hemorragia, reação à anestesia e complicações pós-parto.
O Brasil está em 1º lugar em número de cesarianas realizadas entre 2010 e 2015, 55% dos partos realizados no país foram cesáreas. Após um grupo de mulheres ativistas pelo parto normal ter movido uma ação no Ministério Público Federal de São Paulo, a Agência de Saúde Suplementar (ANS), o Instituto para Melhoria da Saúde de Boston (Estados Unidos), junto com o Hospital Israelita Albert Einstein, desenvolveu o projeto “Parto Adequado”.
Tendo início em fevereiro de 2015 o projeto é voltado para redução da taxa de cesáreas desnecessárias, especialmente as eletivas, onde o procedimento é agendado antes da paciente entrar em trabalho de parto. Atualmente 127 hospitais, 25 deles públicos participam do projeto para garantir segurança na atenção ao parto e nascimento dando poder de decisão para gestantes, junto ao médico, sobre o procedimento mais adequado. Na Bahia participam da iniciativa os hospitais: Tereza de Lisieux, em Salvador e em Itabuna o Hospital Manoel Novais.
Dentro das unidades as equipes multiprofissionais participam de sessões para desenvolver modelo de melhoria, discussão atenção ao parto, puerpério, cuidados aos recém-nascidos e estimulo ao parto normal, além participarem de treinamentos técnicos junto ao Hospital Albert Einstein, Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo e da Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (Abenfo). É possível ver o resultado do projeto no site da ANS.
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Por: Joice M Araujo