A Organização Mundial da Saúde lançou na última terça-feira, (13) um documento com diretrizes para reduzir o risco de declínio cognitivo e demência.
Seguir uma rotina de exercícios físicos e manter a pressão arterial e a diabete sob controle são tão importantes na prevenção da demência quanto atividades intelectuais. É o que diz um guia da OMS.
O documento ( cartilha de orientação) foi elaborado por especialistas de todo o mundo com bases em conhecimentos científicos recentes sobre o tema.
“Demência é uma das principais causas de incapacidade e dependência entre os idosos e pode devastar a vida dos indivíduos afetados, seus cuidadores e suas famílias. A estimativa de que, até 2030, os custos com atendimento às pessoas com demência aumentem para US$ 2 trilhões por ano”, disse a organização no documento. “Embora não haja tratamento curativo para a demência, o manejo proativo de fatores de risco modificáveis pode retardar o aparecimento ou a progressão da doença”, destacou a OMS.
Elaborado por um grupo de especialistas de todo o mundo com base na revisão de estudos sobre o tema, o documento mostra que diminuir os fatores de risco associados a doenças cardiovasculares, como obesidade, sedentarismo e tabagismo, ajudam também a prevenir a ocorrência de demência ou pelo menos retardar o aparecimento do problema.
Entre as principais recomendações está a prática frequente de exercícios aeróbicos e de resistência e o consumo de alimentos saudáveis. Uma das dietas citadas no guia como exemplar é a mediterrânea, que privilegia produtos frescos e naturais, como frutas, legumes, azeite e cereais.
Por outro lado, o guia alerta que não há evidências científicas de que suplementos de vitamina B e E e de gorduras poli-insaturadas, como o ômega 3, diminua o risco de demência.