Alergias alimentares: principais alimentos envolvidos e grupos de risco

Por Mariana Costa

Você sabe o que é alergia alimentar? A alergia alimentar é uma reação que o organismo de um indivíduo desenvolve a um ou mais componentes alimentares quando exposto aos mesmos. Diferentemente das intolerâncias alimentares que ocorrem quando há uma reação decorrente deficiência enzimática ou outra que não envolva mecanismo imunológico, a alergia alimentar envolve células de defesa do nosso corpo.

Outra diferença entre essas reações é o agente causal para desencadeá-las: enquanto na intolerância alimentar o agente causal é um carboidrato ou uma toxina presente no alimento, na alergia alimentar, o agente causal é uma proteína. Exemplificando com o alimento “leite de vaca”, um indivíduo pode desenvolver alergia às suas proteínas e intolerância ao seu carboidrato (lactose); assim não existe alergia a lactose. Frequentemente, as pessoas confundem alergia com intolerância alimentar. Mas, para o profissional de saúde, o estabelecimento preciso do diagnóstico clínico é fundamental para a definição da conduta terapêutica.

Atualmente a alergia alimentar é considerada um problema de saúde pública, pois a sua prevalência tem aumentado no mundo todo. No Brasil, os dados sobre prevalência de alergia alimentar são escassos e limitados a grupos populacionais, o que dificulta uma avaliação mais próxima da realidade. Embora mais de 170 alimentos tenham sido reconhecidos como potencialmente alergênicos, uma pequena parcela entre eles tem sido responsabilizada pela maioria das reações ocorridas, destacando-se leite, ovo, amendoim, nozes, peixe, marisco e soja. É importante considerar que a sensibilização a esses alérgenos é variável segundo a idade dos pacientes e a região geográfica que habitam.

Diversos fatores de risco têm sido associados à alergia alimentar, dentre eles: ser lactente do sexo masculino; interromper precocemente a amamentação; a época e a via de exposição aos potenciais alérgenos alimentares; cursar com deficiência de vitamina D; ter comorbidades alérgicas (dermatite atópica, por exemplo); e predisposição genética. Crianças com pais alérgicos ou pai ou mãe e um irmão alérgicos, possuem alto risco para alergia alimentar, segundo a Associação Americana de Pediatria.

Nutricionista especialista e mestre em pediatria pela Unifesp. Doutora em medicina e saúde pela UFBA.

Atualmente, nutricionista da SMS de Salvador e  realiza atendimentos na clínica Humaninhos.

Sua missão é auxiliar famílias no cuidado com a alimentação dos bebês, crianças e adolescentes, na necessidade ou não de restrições alimentares.

Desde o ano de 2017 a Escola de Nutrição/UFBA,desenvolve o projeto de Extensão,“Nutrição, ambiente e saúde no ar: comunicação em saúde e cidadania”, sob a coordenação da Professora Ma.Neuza Maria Miranda dos Santos e colaboração da aluna bolsista do projeto Permanecer, Marianna Menezes Santos. Para participar do Projeto que tem como objetivo apresentar e discutir temas de saúde, em seu conceito ampliado, além de difundir informações científicas sobre nutrição, alimentação saudável e qualidade de vida, basta enviar perguntas ou sugestões de temas.

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