Conservação da biodiversidade

O conforto ambiental urbano também se traduz na promoção da conservação da biodiversidade, também conhecido como a diversidade biológica (fauna e flora), que enriquece a vida e contribui sobremaneira com a humanização da cidade, suavizando a poluição visual. O plantio de árvores, arbustos e vegetação diversificada acarreta na melhoria do bem-estar para todos os seres, animais e vegetais.

A biodiversidade, sobretudo no meio urbano, não é estática, pois se encontra em constante evolução, adaptando-se às mudanças do meio e às alterações ambientais provocadas pelo ser humano. É algo complexo que envolve a desafiante busca pelo reequilíbrio da vida, entre conflitos existentes pela manutenção de espaços permeáveis, com matas frondosas, frente à outras necessidades de construir e estabelecer novas vias públicas, equipamentos e excessivas áreas pavimentadas.

Uma das maneiras de se buscar efetuar este reequilíbrio no meio e reordenar a estética da paisagem urbana é a manutenção de diversos serviços ambientais propiciados pelo reino vegetal (aspectos florísticos), a exemplo da purificação do ar e da água, da polinização, da fertilização de solos, da decomposição de resíduos e proteção da variedade genética. Desse modo, procura-se promover, com a participação das comunidades e dos cidadãos, plantios e arborização urbana, com bosques florestais, pomares, jardins em praças, parques, áreas verdes e áreas degradadas, visando, sempre que possível, promover a conectividade dos espaços (corredores de biodiversidade).

É extremamente importante a implantação e reintrodução de vegetação com diversos formatos e muitas flores, cores, cheiros, sabores e fins terapêuticos, fármacos e medicinais, prioritariamente com espécies nativas. O mesmo ocorre com o repovoamento de animais, mais resistentes aos ataques de parasitas, pragas e doenças, como insetos benignos (abelhas, borboletas e besouros). Dessa forma, a paisagem urbana torna-se, além de mais agradável, onde germinam, afloram e frutificam boas sensações, propiciando bem-estar e melhoria na saúde pública e na qualidade de vida.

Salvador possui diversas unidades de conservação e uma rede de espaços protegidos, com parques metropolitanos, estaduais e municipais, jardins botânico e zoológico, envoltos por densa área com vegetação nativa. Essas áreas propiciam e contribuem para a conservação da riqueza da diversidade biológica do trópico, sobretudo com a sensibilização das comunidades e estímulo ao ecoturismo.

O assunto foi tema do programa Saúde no ar, no Quadro Saúde e Meio Ambiente, da última quarta-feira (18/10), com o arquiteto e urbanista José Augusto Saraiva Peixoto.

Ouça o áudio na íntegra:

Fonte: José Augusto Saraiva Peixoto (arquiteto e urbanista)

Foto: Google

Redação Saúde no Ar

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