Aumento de sobrevida do paciente, melhor qualidade de vida e diminuição significativa da dor. Esses são alguns dos benefícios da terapia com cloreto de rádio (223 Ra), um inovador tratamento com emissões de partículas alfa, indicado para casos de pacientes com câncer de próstata avançado. Aprovado pela Anvisa, em 2015, esse radiofármaco já está sendo utilizado em pacientes tratados no Hospital Santa Izabel e tem demonstrado resultados bastante positivos.
Estudos clínicos internacionais realizados em vários centros de pesquisa em câncer, incluindo pacientes brasileiros, mostraram redução da chance de morte em 30% e com poucas toxicidades. A expectativa dos especialistas em Saúde, é que esse radiofármaco seja cada vez mais difundido e utilizado de modo a tornar mais eficiente o combate ao câncer de próstata que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é o tumor que mais mata homens no Brasil, com mais de 17 mil fatalidades, anualmente.
De acordo com a médica nuclear Adelina Sanches, da equipe do Hospital Santa Izabel e presidente da Regional Bahia da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, os pacientes que fizeram uso deste radiofármaco também apresentaram uma melhor qualidade de vida e menos risco de fratura óssea. Considero esse um tratamento inovador, que vem se mostrando muito eficiente.
Ele envolve o uso de radiação direcionada à metástase óssea, aliviando a dor e diminuindo consideravelmente os efeitos colaterais por focar com precisão a destruição das células malignas. No total, são seis aplicações sem necessidade de internamento do paciente”, afirmou a especialista. Adelina Sanches acrescenta que o uso de partículas alfa em medicina nuclear tem se expandido e demonstrados resultados excepcionais, principalmente na população com câncer de próstata avançado.
Fonte: Ascom HSI
Foto: Ascom HSI
Redação Saúde no Ar
