No Dia Nacional do Medicamento Genérico Anvisa garante sua eficácia

Genéricos

O medicamento genérico surgiu com a proposta de beneficiar principalmente a população mais carente, oferecendo-lhe um produto de mesma qualidade que o de marca a um preço mais acessível. No entanto, o medicamento desse tipo ainda gera muita desconfiança na população, mesmo a Anvisa atestando a garantia e a segurança.

Neste sábado (20), o Brasil comemora o Dia Nacional do Medicamento Genérico e o programa Saúde no Ar conversou com Maria Fernanda Barros, farmacêutica do Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM) do CRF-BA. Segundo ela, os remédios genéricos fazem o mesmo efeito dos de referência. “O genérico só tem o nome da substância e pode ser identificado através da letra G e da tarja amarela inscritas na caixa. Só o farmacêutico ou o médico é que pode substituir um medicamento de referência por um genérico ”, explica.

A Lei 9787/1999, que regulamenta os medicamentos genéricos no Brasil, trouxe consigo uma legislação altamente exigente para garantir a troca de um medicamento original por um outro fabricado por um concorrente, desde que atenda às mesmas especificações técnicas e tenha o mesmo desempenho. Essa nova regra levou a uma revisão das exigências de registro de similares, passando a serem cobrados os testes de equivalência farmacêutica e biodisponibilidade relativa também para essa categoria regulatória.

Segundo a Anvisa, os testes em medicamentos para efeito de análise fiscal, que são efetuados em drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, destinados a comprovar a sua conformidade com a fórmula que deu origem ao registro, seguem regras definidas pela própria Anvisa. Isso garante a coleta de três conjuntos de amostras do medicamento a ser analisado, do teste ser acompanhado por um perito indicado pela empresa e sua realização exclusivamente em laboratório habilitado para esse fim.

Ainda segundo a Anvisa, esse rigor é necessário para evitar concorrência desleal entre fabricantes, que poderiam encomendar testes em laboratórios não habilitados apenas para gerar dúvidas sobre produtos concorrentes.

A farmacêutica Maria Fernanda, lembra que o medicamento genérico obrigatoriamente deve ser 35% mais barato do que o de referência. “No Brasil, não são todos os medicamentos que possuem substituto genérico, mas aqueles que possuem o médico deve prescrever a marca e, também o nome da substância”, esclarece.

Ouça mais detalhes da participação da especialista no Saúde no Ar:

No quadro “Farmácia e Comunidade”, do programa Saúde no Ar, Michely Beloti, farmacêutica, fala sobre os medicamentos genéricos. Michely acredita que muitas pessoas não usam, porque não conhecem e não sabem, por exemplo, que eles são cópias dos medicamentos de referência. “Eles têm exatamente as mesmas características, ou seja, com a mesma qualidade, segurança e eficácia comprovados pela Anvisa”, assegura.

No Centro de Informações sobre Medicamentos do CRF-BA, você pode tirar suas dúvidas, por exemplo, sobre modo de utilização, reação adversa e muito mais.

Ouça, no áudio abaixo, o comentário completo da farmacêutica Michely Beloti e saiba mais sobre os medicamentos genéricos:

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