Dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre intoxicação alimentar apresentam números alarmantes: Anualmente, quase 600 milhões de pessoas em todo o mundo adoecem por comer alimentos contaminados; destas, 350 mil morrem.
Doenças transmitidas por alimentos são conhecidas como DTA. Há mais de 250 tipos delas (de diarréia a câncer), em sua maioria, infecções causadas por toxinas bacterianas, vírus e parasitas.
Outras formas de transmissão de doenças por alimentos incluem o envenenamento por toxinas naturais (presentes em cogumelos, algas e peixes) e o uso de produtos químicos nocivos, como os agrotóxicos. Portanto, os alimentos vegetais também apresentam risco.
O Saúde no Ar recebeu a nutricionista Neuza Miranda, que forneceu detalhes sobre intoxicação por alimentos, cuidados e formas de prevenção. “Os agrotóxicos trazem danos a trabalhadores, famílias que se expõem a esses resíduos”. É importante lembrar que não só vegetais são contaminados por esses tipos de produtos, ovos, carnes e seus derivados também recebem a carga”, afirma Neuza.
Neuza chama a atenção sobre a importância de saber identificar o diagnóstico correto: “A primeira coisa a ser feita é saber distinguir alergia de intoxicação” A alergia é uma reação adversa causada pela ingestão de um determinado alimento, que pode causar uma interação negativa com o seu corpo, e a intoxicação, é um problema de saúde causado pela ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias.
Cerca de 40% do amendoim consumido no Brasil está contaminado por Aflatoxina, que não é visível a olho nu e provocam danos hepáticos em seres humanos, chegando a causar câncer, ela é considerada uma das substancias mais perigosas da natureza. Caule e folhas de mandiocas devem ser consumidas com cuidado, se mal cozidas geram grave intoxicação alimentar, ressalta a especialista.
O paciente com intoxicação alimentar deve fazer repouso e ingerir muito líquido. Nos casos de perda maior de líquidos e risco de desidratação, devem ser indicados medicamentos para controlar as náuseas e os vômitos, assim como ministrar a reposição de líquidos e sais por via endovenosa.
O tratamento das infecções alimentares bacterianas inclui o uso de antibióticos específicos.
Ouça abaixo o comentário completo da especialista: