Um mandado de busca e apreensão no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e na Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), na Asa Norte, foi cumprindo por Policiais civis e integrantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), na manhã desta quarta-feira (15). Os servidores e médicos foram conduzidos de forma coercitiva para prestar esclarecimentos sobre fraudes na folha de ponto. A operação foi batizada como Hígia, uma deusa grega da saúde, limpeza e sanidade.
Segundo informações preliminares, entre os conduzidos, estariam médicos da UTI e até um professor. O grupo é suspeito de fraudar as horas extras.
A Operação Hígia apreendeu nove computadores e aproximadamente 15 caixas de documentos. De acordo com o corregedor da Secretaria de Saúde, Fábio Henrique dos Santos, todos os profissionais investigados devem passar por um processo administrativo, mas ainda não há previsão de afastamento dos servidores. Como a frequência de ponto é feita por biometria ou com o registro do crachá do servidor, as falhas ocorrem por meio do comprometimento da leitura ou mesmo com o desligamento temporário da máquina.
Investigação- Desde outubro de 2016, a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Administração Pública (Decap) apura o envolvimento de servidores da Secretaria de Saúde do DF no sumiço de dados do Sistema Forponto. Conforme publicação do Correio Brasiliense, a plataforma registra a presença dos servidores, contabiliza as horas trabalhadas, mede as horas extras, entre outras informações. O histórico da plataforma teria sido apagado por uma retaliação de servidores, que passaram a ter as faltas injustificadas descontadas da folha de pagamento.