Uma pesquisa recém-publicada pelo British Journal of Haematology avaliou a utilização da terapia celular com células mononucleares da medula óssea (CMMO) como um procedimento viável, seguro e nova opção terapêutica promissora para outras formas de úlceras crônicas.
O contexto do estudo é a constatação de que recorrentes úlceras crônicas de perna estão entre as complicações vasculopáticas mais graves de doença falciforme (SCD), cujo tratamento continua sendo um desafio e para o qual novas técnicas devem ser analisadas.
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A pesquisa foi desenvolvida no Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos (HUPES), por um conjunto de seis pesquisadores de três instituições (HUPES e ICS/UFBA e a norte-americana Montfiore Medical Center), entre eles os professores José Valber Meneses e Gildásio Cerqueira Daltro, do HUPES. Um estudo piloto prospectivo foi realizado para avaliar a segurança e a viabilidade de implantação de CMMO em pacientes com anemia falciforme e úlceras crônicas de perna (SCLU).
O fechamento da úlcera, recorrência e dor local foram avaliadas. A terapia teve sucesso para 23 pacientes SCLU e nenhum evento adverso grave ocorreu. Durante o período de acompanhamento de 6 meses, 91,3% dos pacientes tinham melhorado a dor da úlcera em comparação com os valores de base e 29, 2% das úlceras tratadas alcançados cura total.
Redação Saúde no Ar
João Neto