Animais de corte são os principais alvos quando o assunto é o uso de antibióticos, devido ao alto índice de utilização do medicamento por parte de fazendeiros e criadores de rebanhos. A atividade está se tornando uma ameaça à saúde humana, segundo um relatório publicado pelo periódico Review on Antimicrobial Resistance.
Uma bactéria resistente ao antibiótico colistina foi descoberta por cientistas e detectada em animais criados por agricultores. O mais preocupante é que também foi encontrada em pacientes hospitalizados. O uso abusivo destas substâncias tem feito com que algumas doenças dificilmente sejam combatidas.
A expectativa é de que o consumo de antibióticos no mundo aumente 67% até 2030. Estima-se que 10 milhões de pessoas morrerão no mundo por causa de infecções resistentes a antibióticos em 2050.
Mais da metade dos antibióticos no mundo são usados em animais, muitas vezes para fazer com que cresçam mais rápido. Em alguns casos, os antibióticos são usados para tratar infecções em animais doentes, mas a maioria é usada de forma profilática em animais saudáveis para prevenir infecções ou aumentar seu ganho de peso.
O relatório também recomenda um maior investimento na pesquisa de vacinas e testes para diagnosticar infecções específicas e afirma que países deveriam adotar uma lista de antibióticos que nunca deveriam ser usados em animais por causa de sua importância no tratamento de humanos. Estudiosos recomendam que haja uma reação global para restringir ou proibir o uso de antibióticos para acelerar o crescimento ou prevenir doenças.
Redação Saúde no Ar*
(A.P.N)