Thriller, Macarena, Melô do Tchan… As três músicas são bem diferentes, mas elas têm uma coisa em comum: possuem coreografias bem características e ótimas para serem dançadas com uma companhia. E todo mundo sabe que basta ouvir os primeiros acordes da melodia, para começar a mexer, no mínimo, os braços ou os pés.
Agora, um estudo feito pela Universidade de Oxford encontrou mais um bom motivo para que canções como estas continuem sendo coreografadas em grupo: elas podem ter efeitos positivos para os adolescentes. Os pesquisadores da universidade avaliaram o impacto da dança sincronizada em 264 adolescentes brasileiros recrutados em escolas da Ilha de Marajó, no Pará.
Testes feitos após sessões de dança em grupo revelaram que os jovens apresentaram um nível maior de sociabilidade e um aumento da resistência à dor, o que indica uma maior quantidade de endorfina no organismo, neurotransmissor associado ao prazer e bem-estar. O estudo foi publicado em outubro na revista científica “Biology Letters”.
Para avaliar o impacto das danças coletivas sincronizadas, os pesquisadores separaram estudantes de ensino médio com idade média de 15 anos, em 60 grupos de três pessoas cada. Os grupos misturaram meninos e meninas, que experimentaram a prática de diferentes tipos de movimentos e danças.
A conclusão foi que aqueles que fizeram danças sincronizadas em grupo apresentaram maior resistência à dor e relataram uma maior facilidade de criar laços sociais, especialmente em relação a seus companheiros de dança, logo após a prática.
Redação Saúde no Ar
