O número de crianças com diabetes tipo 1 aumentou bastante nos últimos anos no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes apenas em Belo Horizonte, estima-se 5 mil casos da doença – somente em crianças.
Segundo os especialistas, nesse tipo da doença, o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, que é o hormônio que transforma açúcar em energia. Eles recomendam que é muito importante diagnosticar e começar o tratamento cedo, para evitar complicações.
Em Belo Horizonte, por exemplo, 300 crianças estão em tratamento regular no Hospital Infantil João Paulo II, no entanto, o que mais preocupa os especialistas são os casos registrados por semana, que chega em média em cinco.
De acordo com o endocrinologista Cristiano Maciel Albuquerque, aproximadamente um terço dos novos casos acometem crianças de até quatro anos. Ele destaca que o aumento se deve, principalmente, a fatores genéticos, a introdução e o contato cada vez mais cedo com os alimentos com alto teor de açúcar, alimentos artificiais, com corantes, conservantes e agrotóxicos. “Tudo isso é lesivo ao pâncreas e aumenta a destruição da imunidade do órgão que produz a insulina” esclarece o especialista.
Considerado mais comum em crianças, o diabetes do tipo 1, não tem cura e só pode ser tratado com insulina. No entanto, seguindo o tratamento com as regras conforme orientam os especialistas, é possível viver bem.
Na década de 90, por exemplo, uma em cada 15 mil crianças tinha a doença, apontam levantamentos realizados pela Organização Mundial da Saúdem – OMS. Atualmente a proporção é de uma para cada 8 mil.
*Redação Saúde no Ar
