Cientistas americanos identificaram uma proteína que parece ser chave no desenvolvimento do Alzheimer, e garantem que a descoberta pode gerar um novo remédio para atacar a demência. A proteína, conhecida como GPR3, desempenha um papel importante na redução do acúmulo de placas amiloides no cérebro, fenômeno essencial para o desenvolvimento do Alzheimer, segundo descobertas publicadas na edição desta quarta-feira (14.10) da revista especializada Science Translational Medicine.
As pesquisas foram realizadas em camundongos com quatro variedades distintas de demência, que mostraram que ao apagar geneticamente a GPR3 ocorre uma melhora cognitiva e uma redução dos sinais desta doença no cérebro. Porém, mais pesquisas são necessárias para comprovar a hipótese, já que os modelos de Alzheimer em camundongos não equivalem diretamente à condição humana.
O fato de que cerca de metade dos medicamentos que existem atualmente no mercado atacarem este tipo de receptor, conhecido como proteína acoplada G, animam os cientistas que já comprovaram em necropsias com cérebros humanos que um sub-grupo de pacientes com altos níveis GPR3 apresentavam a doença em estágio avançado.
Atualmente, mais de 46 milhões de pessoas no mundo sofrem de demência, sendo o Alzheimer a mais comum delas. Nenhum remédio até agora conseguiu deter a doença que até o momento é considerada incurável. Devido ao envelhecimento da população em todo o mundo, calcula-se que em 1950 o número de casos de demências aumentam para 131,5 milhões.
*Redação Portal Saúde no Ar