Ebola continua a ser uma emergência de saúde

A epidemia de ebola na África Ocidental continua a ser uma emergência sanitária de preocupação internacional, aponta o Comitê de Emergência da Organização Mundial da Saúde – OMS, nesta segunda-feira (5). Segundo a Organização, é necessário manter todas as recomendações para evitar sua expansão.

Os três países mais atingidos – Guiné, Libéria e Serra Leoa – permanecem com os rígidos controles de saída, apesar dos poucos casos registrados atualmente. No entanto, o risco de contágio persiste, assim como a ameaça de uma expansão internacional.

Diante desta situação, é necessário manter as recomendações estabelecidas há mais de um ano, segundo a decisão dos membros do Comitê. Entre as recomendações, estão: evitar o contágio no interior dessas nações, manter os controles de saída e impedir que os doentes deixem o país exceto em casos de uma evacuação que cumpra todas as medidas de segurança.

No entanto, países que mantêm em vigor medidas que vão além das recomendadas pelo organismo, a exemplo, quarentena das pessoas que retornam das três nações mais afetadas, a anulação de voos provenientes desses países e a recusa de cidadãos dessa região, foram criticados pelo Comitê.

Devido aos anúncios e/ou declarações da OMS sobre o fim da transmissão do ebola na Libéria, por exemplo, e o ressurgimento da doença em pouco tempo depois, assim como outros casos isolados em outras regiões, o Comitê foi obrigado a ser mais prudente e manter a classificação.

De acordo com o Comitê, está ativa uma cadeia de transmissão em cada país e foram identificados casos que não tinham sido detectados quando o paciente estava vivo e infectando, entretanto, em algumas regiões ainda há resistência às operações de controle.

Desde o final de 2013, aproximadamente 11.311 mortes foram registradas por vírus do ebola e cerca de 28.424 casos de infecção – essencialmente na Guiné, Serra Leoa e Libéria, segundo a OMS. A epidemia é considerada a mais grave desde o surgimento do vírus na África Central, em 1976.

*Redação Saúde no Ar

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