Pesquisa Nascer no Brasil: morte de mães negras é duas vezes maior que de brancas

Nesta quinta e sexta-feira (23/24), o Ministério da Saúde promove, em Brasília, a 1ª Oficina De Trabalho: Morte Materna de Mulheres Negras no Contexto do Sistema Único de Saúde (SUS).

O evento marca a reabertura do Comitê Nacional de Prevenção à Mortalidade Materno Infantil. A pasta vai lançar a Pesquisa Nascer no Brasil II: Inquérito Nacional sobre Aborto, Parto e Nascimento. O estudo realizado em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a partir dos dados disponibilizados pelo SUS e que apresenta um cenário aprofundado sobre nascimento e gestação.

De acordo com dados preliminares referentes a 2022, enquanto o número de mortes maternas está em 46,56 para mulheres brancas. No caso das mulheres pretas, o registrado é mais que o dobro: 100,38 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos. No caso das pardas, a incidência é de 50,36. O Brasil assumiu uma meta junto às Nações Unidas de redução para 30 mortes até 2030.

De acordo com o assessor para Equidade Racial do Ministério da Saúde, Luís Eduardo Batista, o objetivo é envolver diversos setores para, estruturar uma proposta de trabalho. “Pretendemos criar um plano com metas e ações que possam ser desenvolvidas pelo governo federal. Pactuados entre profissionais da pasta da saúde, em diálogo com a sociedade civil, com os gestores de estados e municípios e também com movimentos de mulheres negras e de humanização do parto e nascimento”, explica.

 

 

Fonte/Foto: Ministério da Saúde

 

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