OMS adota política brasileira para a Aids

Todas as pessoas infectadas com o vírus HIV, independente da carga viral, deverão ser tratadas com medicamentos antirretrovirais assim que forem diagnosticadas. A orientação faz parte do novo protocolo da Organização Mundial de Saúde (OMS) e deverá ser respeitada no mundo inteiro. No Brasil, a medida já é praticada desde dezembro de 2013  quando foi lançado o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para adultos.

O anúncio foi feito neste domingo (19.07), em Vancouver, Canadá, durante Congresso Internacional de Aids (IAS) quando o protocolo adotou o “Testar e Tratar” brasileiro como política de tratamento. O congresso é um dos maiores fóruns científicos no campo de HIV e aids de todo o mundo, e acontece no Canadá até esta terça-feira (22.07).

A OMS menciona o exemplo do Brasil,  no anúncio , enfatizando que a adoção do novo protocolo melhorou a saúde das pessoas vivendo com HIV. E que o  acesso precoce ao tratamento não só melhora a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV e aids, mas também reduz a transmissão do vírus.

Para o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, que participou do evento,  a evidência mostra “que essa é, realmente, a direção que deve ser tomada por todo o mundo”.

Luiz Loures,  secretário-executivo da Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS), destacou a importância da iniciativa da OMS, lembrando que a organização lidera globalmente a resposta à aids no setor de saúde com decisões baseadas em evidência científica.

O novo protocolo da OMS prevê, ainda, que a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) seja recomendada como uma opção de terapia adicional para todas as pessoas que integrem populações com risco substancial de serem infectadas pelo HIV (prevalência superior a 3%).

Testes– Na mesma sessão em que antecipou alguns pontos do protocolo de HIV, a OMS lançou seu novo guia sobre testagem de HIV. O novo guia estimula a capacitação de membros da comunidade para que possam aplicar o teste de aids e a testagem em organizações comunitárias que tenham acesso mais amplo às populações vulneráveis ao HIV. O Brasil adota as duas medidas no projeto Viva Melhor Sabendo.

Durante a sua participação no evento, Fábio Mesquita, apresentou, como experiência, o trabalho colaborativo entre o Ministério da Saúde, a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, o USCDC, o Unaids, o Grupo Dignidade e outros parceiros no projeto piloto “A Hora é Agora”. O projeto promove o  autoteste, focado na população jovem de homens que fazem sexo com homens, na cidade de Curitiba/PR.

Fonte:Agência Saúde

A.V.

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