Pesquisa desenvolve curativos biológicos à base de placenta

Pesquisadores do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), do Ministério da Saúde, trabalham em uma pesquisa para implementar no país o uso de curativos biológicos feitos com um tecido da placenta que, normalmente, é descartado após o nascimento dos bebês.

O Into estuda, o uso da membrana amniótica para a produção de curativos que podem agilizar a cicatrização de ferimentos graves. Em entrevista à Agência Brasil, a cirurgiã plástica e responsável técnica pelo Banco de Pele do Instituto, Sandra Baião, informou que, no momento, a pesquisa se encontra na fase de testes.

Ao todo, as equipes coletaram 20 placentas, resultantes de parceria com a Maternidade Carmela Dutra, unidade da rede municipal de saúde do Rio de Janeiro. De acordo com a cirurgiã, em média, cada placenta resulta em seis curativos.

O projeto prevê uma segunda fase, onde acontecerá a testagem dos curativos em pacientes do Into.

Embora o já aconteça o uso da membrana amniótica no tratamento de alguns tipos de ferimentos em países como os Estados Unidos, a Alemanha e a França, o projeto ainda se acha em processo de regulamentação no Brasil. “Ainda não é regulamentando como tratamento no Brasil. Ainda é experimental e está em vias de regulamentação”, disse a pesquisadora. Contudo, a médica acredita que a pesquisa do Into pode contribuir para acelerar esse processo.

Estudo

Em paralelo à pesquisa do Into, há a programação de um estudo que vai envolver outros bancos de tecidos. Contudo, depende da regulamentação para iniciar. Esse estudo envolverá, além do Banco de Multitecidos do Into, os bancos de pele da Santa Casa de Porto Alegre; do Hospital Universitário Evangélico, de Curitiba; e do Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo (USP), que também trabalham com membrana amniótica.

O objetivo é utilizar a membrana em áreas onde há a retirada de pele para enxerto, como as coxas, e em pacientes que sofreram queimaduras.

 

 

Fonte: Agência Brasil

 

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