Segundo o Ministério da Saúde, as catorze crianças yanomami tratadas na Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) de Boa Vista , diagnosticadas com desnutrição grave ganharam peso e evoluíram para quadros moderados. O número representa 78% de um total de 19 crianças da etnia, com idade entre 6 meses e 5 anos, monitoradas por equipes de saúde em razão de desnutrição grave.
“Mesmo apenas uma amostra da população total de crianças desnutridas, é sinal de que o empenho das equipes e as estratégias adotadas até aqui funcionam e podem ser replicadas”, avaliou o Ministério da Saúde.
O tratamento utiliza protocolos e diretrizes à base de fórmula. De acordo com a pasta, a adesão é um desafio, já que o uso desse tipo de alimento não compõe parte da cultura yanomami. Equipes realizam uma espécie de busca ativa dentro da Casai para que administração das fórmulas adequadamente e nos intervalos definidos – algumas de três em três horas e outras de quatro em quatro horas.
Além disso, segundo a pasta os próximos passos, são a ampliação progressiva do tratamento para crianças com quadros parecidos na própria Casai e adaptações nos polos base, evitando remoções de crianças e permitindo que recebam tratamento dentro do território yanomami.
“Isso vai ocorrer de maneira gradual conforme sejam ampliados os quantitativos de profissionais. Bem como a qualificação, que deve pactuar no âmbito do COE [Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública] Yanomami para as próximas semanas. Os quadros gravíssimos seguem sendo atendidos nos hospitais de referência da região.”
