O impacto adverso da pandemia de COVID-19 nos serviços de tuberculose colocou em foco a urgência dos esforços de desenvolvimento de vacinas. Em um painel de alto nível no Fórum Econômico Mundial, o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde, anunciou planos para estabelecer um novo Conselho Acelerador de Vacinas contra tuberculose.
De acordo com a OMS, o conselho facilitará o licenciamento e o uso de novas vacinas eficazes contra a tuberculose. “Uma das lições mais importantes da resposta à pandemia do COVID-19 é que as intervenções de saúde inovadoras podema acontecer rapidamente caso priorizadas politicamente e financiadas adequadamente”.
Contudo, Tedros ressaltou que apesar dos países assumirem compromissos ousados para acabar com a tuberculose até 2030, nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, na Estratégia End TB da OMS e na declaração política de 2018 sobre a luta contra a tuberculose, a epidemia não mostra sinais de desaceleração.
A BCG é atualmente a única vacina contra tuberculose licenciada. Embora forneça eficácia moderada na prevenção de formas graves da doença, em bebês e crianças pequenas, não protege adequadamente adolescentes e adultos, que representam cerca de 90% das transmissões em todo o mundo.
Além disso, a OMS ressalta que uma vacina com eficácia de 75% poderia evitar até 110 milhões de novos casos de tuberculose e 12,3 milhões de mortes. Ainda este ano, os Chefes de Estado e de Governo se reunirão para uma segunda Reunião de Alto Nível das Nações Unidas a respeito da tuberculose, para analisar o progresso em relação aos compromissos assumidos na declaração política de 2018.