É inegável que entre os anos de 70 e 80, o Movimento Negro da Bahia teve uma participação política marcante consagrando personalidades como Lino Almeida, Ana Célia Silva, Gilberto Leal, e os memóraveis Jônatas Conceição e Luiza Bairros. Em homenagem a estes e outros decanos da militância negra, passam a integrar ao Dicionário Biográfico-Histórico da Bahia (DBHB), organizado pelo Centro de Memória da Bahia (CMB), 10 verbetes que apresentou essas biografias, na última segunda-feira (12).
O projeto foi elaborado pelo CMB, unidade gerida pela Fundação Pedro Calmon (FPC), que se destaca como uma importante obra de referência para pesquisadores e historiadores. A obra oferece informações biográficas de personalidades baianas desde a proclamação da República (1889) até o ano de 2022, além de textos sobre temas referentes à sua economia, sociedade e órgãos públicos.
Em especial, esta edição consiste na elaboração de verbetes biográficos das principais lideranças do Movimento Negro da Bahia nos anos 70 e 80, que tiveram atuação política na Bahia republicana entre eles estão Antônio Carlos, o Vovô do Ilê; João Jorge; Luis Alberto; a Secretária de Cultura do Estado Arany Santana, Ana Célia Silva; Gilberto Leal, Lino Almeida, Jônatas Conceição, e Zulu Araújo.
Para Zulu Araújo, diretor-geral da FPC, que tem seu resumo na obra, o acervo idealizado será de fundamental importância para a construção da história político-social e econômica da Bahia. “Através do DBHB, pesquisadores poderão localizar informações de 1.510 personalidades, conhecendo suas origens, iniciação política, vinculação partidária, principais ações na política do estado e do país, dentre outros dados relevantes”, exclama.
Durante a tarde do dia 12 de dezembro, lideranças do Movimento Negro da Bahia se reuniram para o lançamento do material digital, que ficará disponível no site da FPC. Walter Silva, diretor do CMB, responsável DBHB ressalta a importância da realização deste projeto.
“A elaboração e disponibilização de 10 verbetes de personalidades que tiveram participação na organização do Movimento Negro da Bahia se constituem como importante contribuição da Fundação Pedro Calmon, através do Centro de Memória da Bahia, para a preservação e, sobretudo difusão de novas narrativas históricas, e que irão compor”, pontua.
