De acordo com levantamento do Instituto de Políticas de Saúde (IEPS) da situação do programa da Estratégia de Saúde da Família (ESF) no país, no Brasil, 72,69 milhões de pessoas não estão cobertas pelo programa de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS). O número representa 34% da população do país.
Além disso, desse total, ao menos 33,3 milhões de pessoas também recebem atendimento por planos de saúde privados, dependendo exclusivamente do SUS.
Segundo o relatório, 46% dos municípios brasileiros alcançaram 100% de cobertura da Estratégia de Saúde da Família, e outros 25% estão “muito próximos”. Dessa forma, a pesquisa mostra que a maior parte da população desassistida pela ESF está nas capitais ou regiões metropolitanas. Tem concentração no Sudeste, justamente por conta do tamanho da população nesses locais.
O estudo destaca que existe um grupo de municípios socialmente vulneráveis e com baixas taxas de cobertura no Norte e Nordeste do país.
De acordo com estimativa do IEPS, 100% de cobertura da ESF pode ser alcançada com cerca de 25,6 mil novas equipes, o que requer até 236,9 mil profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros. Bem como, técnicos, auxiliares e agentes comunitários de saúde, ao custo de R$ 17,1 bilhões ao ano.
Os cálculos levam em conta o orçamento do Ministério da Saúde proposto no Projeto de Lei Orçamentária Anual para 2023.
