Setembro Verde: uso da bolsa de estomia salva vidas de quem descobre o câncer no intestino

Doença pode ser evitada e curada com exames preventivos

 

O câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, pode levar à necessidade de uma estomia digestiva: abertura no abdômen para que o intestino possa eliminar as fezes em um bolsa de colostomia. Segundo a Associação Brasileira de Ostomizados (Abraso), a doença é responsável por 70% dos estomizados no Brasil. E este é o segundo tipo de câncer mais comum entre os brasileiros, com 40 mil novos casos por ano, conforme dados do INCA.

A Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) alerta para o aumento da incidência da doença entre os adultos e recomenda que a prevenção comece aos 45 anos, não mais aos 50. Entre os homens, este é o terceiro câncer mais frequente e o quarto entre as mulheres. A prevenção se faz por meio de exame de fezes, em busca de sangue oculto no material coletado. Com resultado positivo, a indicação seguinte é a colonoscopia (exame endoscópico do intestino grosso e do reto) para a retirada de pólipos. Esse procedimento diminui em até 40% as chances de se desenvolver um câncer colorretal. “Uma vez diagnosticado em um estágio inicial, esse tipo de câncer tem 80% de chances de cura! É fundamental conscientizar a sociedade e alertar sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do câncer colorretal, contribuindo para diminuir ainda mais os óbitos causados pela doença”, reforça Vinícius Agatão, Gerente de mercado de Ostomy Care da Coloplast.

O mineiro Átila Beck, de 58 anos e estomizado há 15 em função de um câncer colorretal, reforça que é preciso quebrar o machismo de não se fazer certos exames, uma cultura muito comum no Brasil. “Sempre ouvi das pessoas, principalmente homens, que não faria por ser muito agressivo, por ser dolorido, por maltratar a virilidade masculina. Coisas que não se deve dar importância. Estou me referindo à colonoscopia que é feita pelo ânus e você acaba não sentindo nada porque é um exame que se faz sedado e oferece 100% de exatidão sobre possíveis tumores, pólipos etc.”, diz ele. A descoberta do câncer se deu após uma cirurgia para curar um problema sério de hemorroidas, onde, por seis meses, Átila colocava gelo no ânus para acalmar a dor. Um dos principais fatores que ele afirma ter ajudado muito, foi de sempre pensar positivo e ter a aceitação de tudo que estava por vir.

“Foi tudo fácil assim? Não, não foi, mas eu escolhi a única chance de vida que eu tinha, que era usar a bolsa de estomia e me adaptar às mudanças nos padrões de eliminação, bem como dos hábitos alimentares e de higiene e aceitar as mudanças no corpo” reforça ele, que participa de vários grupos de whatsapp e Facebook e também via seu canal no Instagram (@atila_beck), onde orienta os estomizados e costuma falar: “É a bolsa que vive comigo, não sou eu que vivo com ela”.

Uma vez feita a cirurgia de estomia, a etapa seguinte é selecionar a melhor bolsa a ser utilizada. Para isso, a Coloplast oferece a SenSura Mio, a mais avançada do mercado, com modelos variados, que se encaixa perfeitamente ao corpo e ajuda a prevenir vazamentos e problemas de pele. “Eu uso o modelo Concave, que ficou excelente em mim, que sou gordinho e não preciso mais me preocupar se a bolsa vai fixar ou não. Ela adere perfeitamente e é própria para quem tem hernias ou a região do estoma mais abaulada, como é o meu caso”, conta Átila.

 

 

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