Não existe um padrão de felicidade para todas as pessoas, embora a maioria delas se identifique com valores como saúde, amor, família, e dinheiro. Daniel Shellabarger, um americano de 54 anos, nada contra a corrente e se diz bem feliz. Ele tinha 39 anos e trabalhava como cozinheiro no estado de Utah (berço dos mórmons) nos Estados Unidos e vivia em crise. Cristão praticante, ele se perguntava como seria viver sem dinheiro com fazia Jesus. Num momento de coragem (ou de loucura), ele pegou todo o dinheiro que tinha, cerca de US$ 30, uns 90 reais na moeda brasileira, deixou numa cabine telefônica, queimou passaporte,c arteira de motorista, pegou algumas roupas e foi viver como nômade, sem um centavo na carteira.
Mudou o nome para Daniel Suelo (Só em espanhol) e passou a viver em comunidades alternativas, acampou no deserto e dormiu na casa de pessoas desconhecidas. No meio dessas viagens encontrou sua casa: uma pequena caverna em Utah (foto). Para se alimentar ele usa plantas selvagens, vasculha o lixo e usa a carne de animais atropelados nas estradas. Não pede esmolas nem se beneficia da ajuda governamental e só trabalha em troca de comida, roupas ou higiene.
Ele tenta difundir sua filosofia de vida, que lembra muito os hippies na década de 1970, através de um blog que mantém, através das bibliotecas públicas, onde aproveita para ler e trocar emails com amigos e familiares. Ele escreveu sua autobiografia intitulada “O homem que demitiu o dinheiro”, onde conta toda a sua história e motivações. Ele recusou o pagamento pelo trabalho e pediu que cópias do livro fossem distribuídas gratuitamente. “Quando eu viva com dinheiro estava sempre sentindo falta de algo. O dinheiro representa essa falta. Nós precisamos de muito pouco para viver e não nos damos conta disso”, garante.
Podemos não concordar que essa vida que Daniel escolheu seja uma forma de bem-estar. Mas, quem somos nós para escolher pelos outros? Se ele acha que é feliz assim, boa sorte para ele, não é mesmo?
Informações da Hipeness.
A.V.
