11 de agosto- Dia histórico em defesa da Democracia e das urnas eletrônicas do Brasil

Juristas, empresários e movimentos sociais se uniram na leitura de cartas em defesa da democracia, na USP e em diversos locais do país.
77 faculdades de Direito em todo Brasil leram a Carta em defesa da Democracia

A “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito”, que recebeu mais de 900 mil assinaturas, foi lida nesta quinta-feira no Largo São Francisco, em frente à Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Mais cedo, outro manifesto, articulado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em conjunto com centrais sindicais e outros setores da sociedade civil, foi lido no Salão Nobre da faculdade. Leia a Carta aqui

Quem ainda quiser assinar a carta em Defesa da Democracia e do sistema eleitoral brasileiro, o site é  Estado de Direito Sempre

“Temos aqui a reunião de sindicalistas, empresários e movimentos sociais da sociedade civil. Isso mostra que as eleições já têm um vencedor”, discursou o diretor da Faculdade de Direito da USP, Celso Fernandes Campilongo.

“Esse vencedor é o sistema eleitoral brasileiro. Esse vencedor é a legalidade do Estado democrático de Direito sempre. E, principalmente, o mais importante, o vencedor das eleições é o povo brasileiro”, completou

O economista e ex-presidente do Banco Central Arminio Fragaalertou sobre o risco do populismo. “Vivemos hoje num mundo onde ameaças autoritárias populistas às vezes nos assustam. Nos não temos um caminho que não o da liberdade, da democracia e da justiça. É uma situação esdrúxula essa, mas toda nossa energia tem de ficar nesse momento concentrada em salvar o que foi conquistado ao longo dos anos e que é a base do nosso futuro”, diz Armínio.

Oradores repudiaram, em tom de espanto e indignação, a necessidade de em 2022 a sociedade ter que brigar novamente por democracia e respeito à Constituição de 1988. O Poder Judiciário, que Bolsonaro frequentemente ataca, também foi defendido, assim como a Justiça Eleitoral.

O salão nobre e o pátio da faculdade, no largo São Francisco, região central de São Paulo, foram tomados por organizadores e convidados, dos mais diferentes segmentos e correntes políticas ideológicas. A instituição é palco histórico de manifestações em defesa de direitos e democracia. Um multidão de signatários e apoiadores da causa também se concentrou do lado de fora,

As manifestões nas Redes Sociais dos politicos:

“Não há a menor dúvida que a solução para os problemas do país passa necessariamente pela presença do Estado de Direito, pelo respeito às instituições e apoio irrestrito às manifestações pacíficas, à liberdade de expressão e ao processo eleitoral.”
O Congresso Nacional sempre será o guardião da democracia e não aceitará qualquer movimento que signifique retrocesso e autoritarismo. (+)Não há a menor dúvida que a solução para os problemas do país passa necessariamente pela presença do Estado de Direito, pelo respeito às instituições e apoio irrestrito às manifestações pacíficas, à liberdade de expressão e ao processo eleitoral.” Rodrigo Pacheco, presidente da Câmara Federal.

“Defender a democracia é defender o direito a uma alimentação de qualidade, a um bom emprego, salário justo, acesso à saúde e educação. Aquilo que o povo brasileiro deveria ter. Nosso país era soberano e respeitado. Precisamos, juntos, recuperá-lo. Precisamos ter em nossos corações o inconformismo com a miséria, com a pobreza e a fome em nosso país. Quero ajudar o Brasil a restabelecer a democracia e recuperar qualidade de vida para o nosso povo. Vamos juntos reconstruir o Brasil! Boa noite.”
Lula, candidato á presidencia.

“Estado de Direito Sempre! No dia do estudante, no histórico dia 11 de agosto, a sociedade levanta sua voz em defesa da democracia. Assinei o manifesto. Tenham certeza do meu compromisso. Minha candidatura representa exatamente isso: democracia sempre. Tolerância, paz e respeito.” Candidata á presidência, Simone Tebet

“A união de diferentes segmentos contra os recorrentes ataques de Bolsonaro aos nossos direitos, ao sistema eleitoral e ao próprio regime democrático – que é a maior de todas as nossas conquista, é um compromisso de todos.” Candidato á presidência, Ciro Gomes

.“Esse é o momento que diremos que sim, nós queremos avançar e não aceitaremos retrocessos”. A advogada relembrou momentos da repressão vividos durante a ditadura militgar e afirmou que a sociedade não deve flertar com sistemas que anulem a vida democrática dos brasileiros. “Nós não queremos sentir saudade da nossa democracia e por isso não podemos sequer flertar com a sua ausência”, Presidente da OAB-SP, Patricia Vanzolini

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