Mesmo aqueles que tiveram a infeção pela Covid-19 assintomática, pode sofrer com as sequelas da doença. De acordo com as informações mais recentes, são aqueles pacientes que tiveram a doença em níveis mais graves que possuem maior probabilidade de ficar com prevalência de sintomas e sequelas após serem contagiados com o SARS-CoV-2.
“Ainda não tivemos tempo suficiente para perceber como vai ser esta evolução”, diz Andreia Leite, professora na Escola Nacional de Saúde Pública, que trabalha em um estudo que irá avaliar a persistência da ‘covid longa’ em Portugal.
“Tem ocorrido grande dificuldade em definir a covid longa”, admite, bem como as sequelas que ficam em uma “condição pós-covid”.
A própria nomenclatura de “covid longa” não levanta consensos: um estudo publicado na The Lancet Respiratory Medicine, já no início deste mês, refere que, dado o expecto de sintomas que podem ocorrer e persistir após a infeção da Covid-19, e também podem afetar diferentes órgãos e sistemas do organismo.
Sequelas e sintomas
De acordo com revisão de estudos a respeito da ‘long covid’ , que estima que as sequelas da doença a longo prazo terão um impacto substancial na saúde pública; existem mais de 50 sintomas distintos relatados pós-infeção por covid-19; entre os mais prevalentes a fadiga e dificuldades respiratórias; bem como perturbações do olfacto e paladar, cefaleias, dor no peito, névoa mental e perda de memória, bem como perturbações do sono.
Fadiga
Dor de cabeça
Dificuldades respiratórias
Dor de garganta
Lesões pulmonares
Dor no peito
Tosse persistente
Dor muscular e articular
Ansiedade
Depressão
Insônias
Dificuldade de concentração
Névoa mental
Perda de memória
Perda de olfacto
Perda de paladar
Irritações cutâneas
Perda de apetite
Vômitos
Dor abdominal
Refluxo gastroesofágico
Diarreia
Incontinência urinária e fecal
Alterações no ciclo menstrual
Queda de cabelo
Arrepios
Suor abundante
Arritmias e palpitações cardíacas
Inflamação do miocárdio
Edema dos membros
A “condição pós-covid”
Bernardo Gomes, médico de Saúde Pública, lembra a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera “condição pós-covid” os sintomas que surgem três meses após infeção, que duram pelo menos dois meses e não podem ser explicados por um diagnóstico alternativo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, entre 10% a 20% das pessoas que tiveram Covid-19 sofrem de sintomas após recuperarem da fase aguda da infeção; uma condição “imprevisível e debilitante” que afeta também a saúde mental.
Fonte: CNN Internacional