Os ataques pesados na cidade Ucraniana de Mariupol, paralisam qualquer negociação de paz. A cidade sofreu um grande bombardeio realizado por forças militares russas que nos últimos dias intensificaram a destruição na referida cidade, inclusive em areas civis. A Rússia anunciou que quadriplicou os ataques.
Mykhailo Podolyak, principal negociador da Ucrânia, disse à Reuters que o contínuo cerco de Mariupol e o repetido fracasso das tentativas de arranjar corredores seguros para a retirada de civis ucranianos também complicaram as conversações.
“Obviamente, tendo como pano de fundo a tragédia de Mariupol, o processo de negociação se tornou ainda mais complicado”, disse ele em resposta por escrito a perguntas sobre as negociações de paz.
“A Rússia renuncia desafiadoramente a qualquer manifestação de humanidade e humanismo quando se trata de certos corredores humanitários. Especialmente quando falamos de Mariupol.”
Kiev e Moscou não mantêm conversas presenciais desde 29 de março, e a atmosfera azedou com as alegações ucranianas de que tropas russas realizaram atrocidades em uma cidade perto de Kiev.
O Ministério da Defesa da Rússia repetiu nesta terça-feira a exigência de que os combatentes ucranianos que estão dentro do parque industrial na cidade de Mariupol, deponham suas armas. O prazo dado – 12h, no horário local – passou sem qualquer rendição aparente. Segundo autoridades ucranianas, as forças russas não estavam apenas bombardeando Azovstal, mas também áreas residenciais próximas.
Mariupol é a segunda maior cidade portuária da Ucrânia. Apesar da resistência dos ucranianos, os russos estão avançando na destruição e controle da cidade.