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55% de alunos recém-formados em medicina são reprovados em exame do Cremesp

Um exame realizado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) reprovou 55% dos estudantes recém-formados em medicina. A avaliação certificou que dos 2.891 recém-formados, 1.589 estudantes tiveram a nota abaixo da média. Em relação ao ano passado, o número de aprovados é menor, quando 59,2% não acertaram o número mínimo de questões (60% do exigido) e foram reprovados. Porém, o índice foi maior do que em 2013 – com 54,2% de reprovados.

Ao aluno que se formou em medicina e quer se cadastrar no conselho paulista precisar realizar o exame para pode ter o registro do Conselho Regional de Medicina (CRM) e trabalhar como médico no estado. Ainda que seja um exame obrigatório, mesmo que não for aprovado pode conseguir o registro.

Isso por motivo de força de lei, o CRM não pode adaptar o registro médico ao resultado de uma prova. Para tanto, seria necessário uma lei federal, como ocorre com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Realizado em outubro de 2014, a última edição do exame do Cremesp mostrou que a reprovação foi maior entre os estudantes que se formaram em faculdade e universidades particulares (65,1%). Entre os alunos de instituições públicas, a porcentagem foi de 33%.

Com a desistência de 0,9%, a quantidade de pessoas que participaram da avaliação no ano passado foi o maior desde que o exame começou a ser adotado, há dez anos.

Em questões fáceis estão o maior índice de erro – De acordo com dados da Fundação Carlos Chagas (FCC), que aplicou a avaliação, 33% das questões eram consideradas de nível “fácil”, 4,6% foram “muito fáceis” e 32,4%, “médias”. As outras questões (29,6% do total) foram analisadas como “difícil”

O Cremesp ressaltou que os recém-formados não acertaram questões fáceis sobre atendimento inicial de vítima de acidente automobilístico, atentado de vítima de ferimento por arma branca, pneumonia, pancreatite aguda e pedra na vesícula.

E citou como exemplo, dois a cada três inscritos não acertaram a detecção de uma lactante de seis semanas com tosse leve há dez dias, sem febre e com a rápida respiração. Essa mesma porcentagem não soube diagnosticar o risco na operação de uma mulher com pedra na vesícula, diabética, hipertensiva e com histórico de angina (estreitamento de artérias que provoca dor no peito) durante esforços moderados.

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Patricia Tosta

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