Enfrentamento ao HTLV – Desafios e perspectivas de atendimento

28 de setembro é o dia de enfrentamento ao HTLV, vírus da mesma família do HIV e infecta células importantes para a defesa do organismo. Apesar de ser conhecido desde 1980, hoje em dia o vírus continua representando um grande desafio para a ciência. Salvador é um dos polos de disseminação da doença com um grande número de casos, mas apesar disso  as pessoas com a doença passam por muitas dificuldades. Nenhum dos locais que atendiam pessoas com HTLV estão atendendo pacientes novos no momento  e tem serviços que não estão atendendo nem os pacientes já cadastrados.
Falta insumos pela Secretaria Municipal há cerca de 4 meses.
A infecção pelo HTLV está relacionada ao contato com sangue ou outros fluidos corporais de uma pessoa infectada. Dentre as principais formas de transmissão do vírus está a chamada ‘transmissão vertical’, que acontece quando a mãe infectada transmite o vírus para o bebê, seja na hora do parto ou no aleitamento; a relação sexual desprotegida, o que faz do HTLV uma infecção sexualmente transmissível; e o uso compartilhado de seringas, agulhas, alicates de unha ou outros utensílios.
O assunto foi tema do programa Excelsior Saúde de hoje, 28.09. Patricia Tosta conversou com Adijeane Oliveira, membro da Associação HTLVida e com a Dra Erica Pedreira, Fisioterapeuta  e Dra em Medicina e Saúde humana.
 Ouça a entrevista:
SAIBA MAIS :
A maioria das pessoas portadoras do HTLV não desenvolverá problemas de saúde relacionados à infecção, porém, a depender do tipo de vírus, a doença pode causar complicações.
O HTLV do tipo 1 pode causar uma doença neurológica crônica e grave chamada paraparesia espástica tropical, que pode comprometer o movimento das pernas e o controle da bexiga. Assim, as pessoas com esse problema precisam de acompanhamento especial com urologistas, neurologistas, além de fisioterapeutas. Outras doenças que podem acometer as pessoas com HTLV-1 é a leucemia e o linfoma de células T.
Já o vírus HTLV do tipo 2 ainda não tem associação comprovada com doenças específicas. Dessa forma, a realização de exames para identificação do tipo do vírus é essencial para um tratamento adequado.
Alguns sinais podem indicar a presença do HTLV: lesões da pele (vermelhidão excessiva, placas avermelhada, descamação, coceira,); aumento dos gânglios do pescoço, das axilas, das virilhas (ínguas); inchaço na barriga (por acúmulo de líquidos, aumento do baço e do fígado); anemia, febre persistente e pneumonias de repetição; fraqueza e/ou rigidez dos músculos das pernas.
Prevenção
A prevenção passa por uma série de medidas já muito conhecidas e que servem para proteger de inúmeras outras doenças, como hepatites, HIV, sífilis, etc. Por exemplo, o uso de preservativos nas relações sexuais com parcerias não estáveis tem um potencial muito grande de evitar o contato com o vírus. Já no caso da transmissão da mãe para o bebê, é fundamental que o pré-natal esteja em dias e que o teste para detectar o HTLV seja realizado. Além disso, ter seus próprios utensílios de unha e usar somente seringas descartáveis é fundamental.
Tratamento
A atenção básica, através das equipes de saúde da família, é a principal aliada na detecção de doenças e acompanhamento das pessoas com problemas de saúde.Uma vez que se tem uma suspeita, os profissionais dos “postos de saúde” são os primeiros a serem consultados, e a partir daí orientarão cada indivíduo conforme sua necessidade.                                                    *CONTATOS ASSOCIAÇÃO HTLVida* :                                                                              Email:htlvida@bol.com.br                                                                                     Whatsapp 71 – 987059302
Instagram: @htlvida

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