1,6 milhão de pessoas vulneráveis ao novo coronavírus vivem longe de hospitais com UTI

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) fez um estudo dos casos suspeitos e graves de Covid-19 nas 20 maiores cidades do Brasil.

Centenas  de   cidades do interior do país, estão distantes das capitais e dos hospitais de grande porte para o combate ao covid e até mesmo nas capitais, a população mais vunerável moram distante dos hospitais. O tempo gasto para o  deslocamento até o hospital, dependendo da urgência,  pode ser fatal.

O pesquisadores concluíram  que 1,6 milhão de pessoas vulneráveis à doença moram longe de hospitais do SUS que tem leitos com respiradores – a maioria nas capitais do país.

A Cidade do Rio de Janeiro é o caso mais crítico: 384,3 mil pessoas moram a uma distância maior do que 5 km até o hospital mais próximo com pelo menos um leito de UTI (unidade de terapia intensiva) adulto e um respirador mecânico no SUS.

Caxias também aparece no estudo como a cidade com o menor número de leito equipado para enfrentar a pandemia. O número médio de leitos de UTI adulto com respiradores em hospitais que atendem pelo SUS, nas 20 maiores cidades do país, é de 1,11 leito por 10 mil habitantes. Caxias está em último lugar na tabela com 0,3 leito, 73% abaixo da média.

A pesquisa identificou que 82% da população  de Caxias do Sul mais vulnerável à Covid-19 do município têm dificuldade de mobilidade.

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, informou que, no planejamento de assistência e enfrentamento da Covid-19 no estado, a Baixada Fluminense irá somar 700 novos leitos dedicados ao tratamento de pacientes infectados, sendo 200 no hospital de campanha montado ao lado do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Caxias, um dos maiores da região, e outros 500 no aeroclube de Nova Iguaçu.

Em seguida, estão:

  • São Paulo (263,1 mil)
  • Brasília (121 mil)
  • Curitiba (116,4 mil).

 

“Percebemos que existe uma desigualdade espacial dessas unidades preparadas com leitos e respiradores. Nas 20 cidades, observamos que esses hospitais tendem a ficar concentrados nas regiões centrais da cidade. O diagnóstico que tivemos é que a população das periferias tem mais dificuldade de acesso aos hospitais do SUS”, ressalta Rafael.

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