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13 tipos de câncer relacionados à obesidade

O câncer é uma doença crônica que surge a partir de alterações no DNA das células do corpo, que passa a receber instruções erradas para desenvolver as suas atividades. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os cânceres abrangem mais de 100 diferentes tipos da doença que têm em comum o crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos a distância.

Não existe uma causa única para o surgimento da doença, mas as origens podem se dividir entre externas (presentes no meio ambiente e fatores comportamentais) e internas (como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas). De acordo com o INCA, entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas. Assim, as mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio ser humano, os hábitos de vida e os comportamentos diários podem aumentar o risco de diferentes tipos de câncer.

Por falar nos aspectos externos, é preciso lembrar que ter uma alimentação adequada e saudável, evitando o consumo de alimentos ultraprocessados, e a manutenção de uma vida fisicamente ativa são formas efetivas de prevenir o câncer. Isso porque os dois elementos também ajudam a manter o peso saudável, já que o excesso de gordura corporal pode estar associado ao surgimento da doença.

De acordo com informações do INCA, estudos demonstram que atualmente o excesso de peso é um dos principais riscos para o desenvolvimento de câncer no Brasil. Na lista estão incluídos os tumores de esôfago (adenocarcinoma), estômago (cárdia), pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama (mulheres na pós-menopausa), ovário, endométrio, meningioma, tireoide e mieloma múltiplo e possivelmente associado aos de próstata (avançado), mama (homens) e linfoma difuso de grandes células B.

A explicação para essa forte incidência ocorre pelo processo inflamatório provocado no organismo. Ou seja: o excesso de gordura corporal provoca um estado de inflamação crônica e aumentos nos níveis de determinados hormônios, que promovem o crescimento de células cancerígenas, aumentando as chances de desenvolvimento da doença, conforme explica o Instituto Nacional de Câncer.

Quanto maior o grau de obesidade, maior também  será a probabilidade de ocorrência do câncer e a obesidade está diretamente relacionada à forma como as pessoas têm mudado seus hábitos alimentares, trocando alimentos in natura e minimamente processados e preparações culinárias, por alimentos processados e  ultraprocessados em geral. No lugar do famoso e brasileiro arroz com feijão, estão consumindo pizzas, fast foods, macarrão instantâneo, bebidas adoçadas entre outros.

Sendo assim, da mesma forma que a alimentação adequada e saudável e a atividade física, conforme sugere o Guia Alimentar Para a População Brasileira e o Guia de Atividade Física para a População Brasileira, protegem contra o câncer e a obesidade, ter hábitos alimentares inadequados e não realizar atividade física favorecem o surgimento de ambas doenças, o que é ratificado pelas Recomendações do INCA. Sabendo disso, é preciso um esforço individual e coletivo para promover a alimentação adequada e saudável e uma vida mais ativa fisicamente. Isso inclui não só o aumento do consumo dos alimentos saudáveis e a prática de atividade física, mas também a construção de políticas e ações que contribuam para o aumento da disponibilidade e do acesso a esses alimentos, de locais seguros e agradáveis e de programas públicos para a prática de atividade física. Além disso, é fundamental apoiar e proteger ambientes promotores da saúde por meio da alimentação adequada e saudável e da atividade física.

Nesse sentido,são medidas importantes para reduzir a obesidade no Brasil: o aumento da tributação de bebidas açucaradas e adoçadas com adoçantes não calóricos ou de baixa caloria; a restrição da publicidade e da promoção (dirigida ao público infantil) de alimentos e bebidas não saudáveis; a restrição da oferta de alimentos e bebidas ultraprocessados nas escolas; e a obrigatoriedade de advertências textuais frontais nas embalagens, a fim de indicar, por meio de mensagens diretas, os alimentos e as bebidas que contêm altos teores de açúcar, sódio, gordura, gordura saturada e calorias, assim como a presença de aditivos químicos, edulcorantes e gordura trans. E o fortalecimento de programas públicos de atividade física como o Programa Academia da Saúde.

Fonte: Ministério da Saúde

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