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12 mitos e verdades sobre a endometriose

Dia Internacional da Luta contra a Endometriose: conheça 12 mitos e verdades sobre a doença

Ginecologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), alerta: ao menor sinal de dor, como cólicas menstruais ou durante a relação íntima, é essencial buscar ajuda médica

Atualmente, a endometriose acomete 176 milhões de mulheres em todo o mundo, sendo mais de sete milhões só no Brasil. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS). O problema é gerado quando o endométrio fica fora da cavidade uterina, causando dores intensas, infertilidade e, se não tratado, atacar outros órgãos. Neste 7 de maio, Dia Internacional da Luta contra a Endometriose, o médico cirurgião ginecológico Dorival Gomide, do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), traz à luz 12 mitos e verdades comuns que são compartilhados diariamente nos consultórios.

 

“Acho super importante destacar que é preciso acabar com a ‘normalização’ da dor. Ou seja, a paciente que tem cólica ou sente dor na relação sexual, principalmente na penetração mais profunda, precisa entender que este pode ser o indício de um problema como a endometriose e precisa investigar. Com o diagnóstico e acompanhamento, a qualidade de vida dessa paciente tem muito a melhorar e, inclusive, evitar problemas maiores, como a infertilidade”, destaca.

 

1 – A endometriose é hereditária.

Verdade. Em geral, a maioria das pacientes com diagnóstico positivo têm, na família, uma mãe, tia ou avó que já apresentou o problema. E, neste caso, é interessante também acompanhar as filhas, pois há ali um risco importante.

 

2 – A endometriose sempre causa infertilidade.

Mito. Cerca de 60% das mulheres com endometriose engravidam normalmente. As outras 40% acabam precisando de algum tratamento médico; às vezes, uma fertilização e, em outros casos, cirurgias.

 

3 – A endometriose sempre traz sintomas.

Mito. Há pacientes que têm endometriose e não apresentam nenhum sintoma; algumas com casos avançados. Na verdade, o que pode causar a dor é a localização da lesão. Então, é possível que uma paciente com endometriose leve sinta mais dor, ou algum outro sintoma, do que alguém em estado mais grave. Por isso, é importante sempre realizar os exames periódicos.

 

4 – Os primeiros sintomas da endometriose surgem a partir da primeira menstruação.

Verdade. Geralmente, a paciente já tem um histórico familiar, apresenta cólicas fortes e um fluxo menstrual aumentado. Esses são os primeiros sinais de alerta.

 

5 – A endometriose não tem cura.

Verdade. Não há como afirmar que tem cura, mas é possível fazer um bom controle. Geralmente, a cirurgia retira todas as lesões e a paciente fica livre. De qualquer maneira, por ser uma doença inflamatória e crônica, pode voltar. Então, é essencial ter certos cuidados, como uma dieta equilibrada, que exclua alimentos inflamatórios, e praticar atividades físicas, pois isso ajuda bastante a longo prazo.

 

6 – A endometriose só é tratada com cirurgia.

Mito. O tratamento só prossegue para uma cirurgia se não houver sucesso com o controle clínico. O princípio do tratamento é controlar os sintomas, muitas vezes com hormônios ou mudanças no estilo de vida, como a prática de exercícios físicas e uma dieta equilibrada. Caso essas primeiras medidas não resolvam, aí, sim, pode-se adotar a cirurgia para remover as lesões.

 

7 – A endometriose exige acompanhamento periódico permanente.

Verdade. Geralmente, o acompanhamento da paciente é feito pelo ginecologista. Eventualmente, poderá precisar de um especialista em endometriose. O ideal é fazer um acompanhamento periódico para controlar os sintomas e também a evolução da doença, caso a paciente não tenha sido operada. Caso esteja bem, sem dor, pode ser anual.

 

8 – A endometriose exige que a paciente use medicamentos diariamente.

Mito. Na verdade, os medicamentos só são utilizados para controlar os sintomas. Então, se uma paciente não os apresenta – seja por ter feito a cirurgia ou por ter alterado o estilo de vida -, não há necessidade de medicamentos. Vale lembrar que não há remédios, até o momento, que tratem a endometriose. Todas as medicações, sejam hormonais, como anticoncepcionais, implantes, DIU, ou analgésicas e anti-inflamatórias, apenas tratam os sintomas.

 

9 – A endometriose pode ser prevenida.

Mito. Não pode ser prevenida, pois sua origem tem relação com histórico familiar. Ou seja, a mulher pode nascer com um endométrio diferente e desenvolver, ou não, o problema. O importante é que os sintomas podem ser tratados e prevenidos.

 

10 – É possível desenvolver ou descobrir a endometriose durante a gestação.

Verdade. Geralmente, o principal desafio da paciente com endometriose é engravidar. Ao conseguir, na maioria dos casos, a gestação é assintomática, e isso ocorre devido à supressão dos hormônios ovarianos. A doença ainda pode ser descoberta quando a mulher sente dificuldades no processo de engravidar.

 

11 – A endometriose é o mesmo que as cólicas menstruais consideradas “normais”.

Mito. A dor é relativa de pessoa para pessoa e, por isso, é impossível definir o que é “cólica normal”. Então, nenhuma dor é normal e todas devem ser investigadas. E, infelizmente, esse conceito de “cólica é normal” é o que faz com que a doença tenha uma demora de oito a dez anos para ser diagnosticada. É muito tempo.

 

12 – Um quadro de endometriose controlado pode ter piora clínica.

Verdade. Há, sim, pacientes que têm controle dos sintomas, mas continuam apresentando uma progressão da doença. Por isso, o acompanhamento periódico é essencial.

 

Sobre o Vera Cruz Hospital

Há 80 anos, o Vera Cruz Hospital é reconhecido pela qualidade de seus serviços, capacidade tecnológica, equipe de médicos renomados e por oferecer um atendimento humano que valoriza a vida em primeiro lugar. A unidade dispõe de 166 leitos distribuídos em diferentes unidades de internação, em acomodação individual (apartamento) ou coletiva (dois leitos), UTIs e maternidade, e ainda conta com setores de Quimioterapia, Hemodinâmica, Radiologia (incluindo tomografia, ressonância magnética, densitometria óssea, ultrassonografia e raio x), e laboratório com o selo de qualidade Fleury Medicina e Saúde. Em outubro de 2017, a Hospital Care tornou-se parceira do Vera Cruz. Em quase sete anos, a aliança registra importantes avanços na prestação de serviços gerados por investimentos em inovação e tecnologia, tendo, inclusive, ultrapassado a marca de 2,5 mil cirurgias robóticas, grande diferencial na região e no interior do Brasil. Em médio prazo, o grupo prevê expansão no atendimento com a criação de dois novos prédios erguidos na frente e ao lado do hospital principal, totalizando 17 mil m² de áreas construídas a mais. Há 35 anos, o Vera Cruz criou e mantém a Fundação Roberto Rocha Brito, referência em treinamentos e cursos de saúde na Região Metropolitana de Campinas, tanto para profissionais do setor quanto para leigos, e é uma unidade credenciada da American Heart Association. Em abril de 2021, o Hospital conquistou o Selo de Excelência em Boas Práticas de Segurança para o enfrentamento da Covid-19 pelo Instituto Brasileiro de Excelência em Saúde (IBES) e, em dezembro, foi reacreditado em nível máximo de Excelência em atendimento geral pela Organização Nacional de Acreditação.

 

 

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