Oncologista Augusto Mota explica fatores que contribuem para o aumento do número de casos
O câncer, no Brasil, constitui a segunda causa de morte na população, representando cerca de 20% dos óbitos, segundo dados do Ministério da Saúde. O alerta para o Dia Mundial de Combate ao Câncer (8) é para a progressão da doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 14 milhões de pessoas desenvolvem a doença a cada ano e a projeção indica que esse número irá atingir 21 milhões em 2030.
Dados da OMS estimam que, no ano de 2020, o câncer seja a principal causa de morte em todo o mundo, em consequência do crescimento e do envelhecimento da população, bem como da redução na mortalidade infantil e nas mortes por doenças infecciosas em países em desenvolvimento.
Atualmente, uma a cada seis mortes no mundo é causada por câncer. “Somos atualmente sete bilhões de pessoas. Então temos consequentemente um aumento do número de casos. Nossa população também está envelhecendo. Outro fator determinante são os hábitos, esses influenciam diretamente no aumento da ocorrência do câncer”, explica o oncologista que integra a equipe da Clínica AMO, Augusto Mota.
As neoplasias resultam de uma combinação variável de fatores genéticos e ambientais. A importância de fatores genéticos é mais evidente nas neoplasias da infância, ao passo que o ambiente parece mais determinante nas neoplasias do adulto.
Para a OMS, a única forma imediata de frear essa expansão é incrementar os serviços de diagnóstico. Outro fator a ser trabalhado é a detecção da doença ainda em estágio inicial. “Muitas pessoas apenas consultam um médico quando o tumor já está em um estágio avançado. O diagnóstico precoce é um fator determinante para a cura”, pontua o oncologista.
De acordo com os novos dados, os tumores são mais fatais em homens, com cinco milhões de casos em 2015, contra 3,8 milhões de mulheres. Os cânceres que afetam os dois gêneros, no entanto, são distintos. Entre os homens, os tumores mais letais são os que atingem o sistema respiratório, enquanto as mulheres são mais afetadas pelo de mama.
Oncologista Augusto Mota
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