07 de abril, dia mundial da saúde – Câncer de pele não melonoma

Dia Mundial da Saúde: câncer de pele não-melanoma é um dos maiores inimigos da saúde no Brasil
07 de abril é comemorado o dia mundial da Saúde. A data foi instituída por ser o dia da  fundação da Organização Mundial da Saúde (OMS),  em 07 de abril de 1948.
Foi criada para  conscientizar a população a respeito dos diferentes fatores que afetam a saúde populacional e que podem ser prevenidos. Há uma preocupação global crescente na busca por um estilo de vida cada vez mais equilibrado, com foco no bem-estar e que valorize a saúde

O câncer de pele não-melanoma (CPNM) é o mais frequente entre os tumores de pele no Brasil, além de ser o câncer mais incidente no país, com 31,3% do total de casos, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca)¹. Entre os tumores de pele, é o de menor mortalidade e apresenta-se em diferentes tipos. Os mais frequentes são o carcinoma basocelular (o mais comum e também o menos agressivo) e o carcinoma epidermoide². O Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril, é uma oportunidade para reforçar a importância dos cuidados de prevenção a esse que é o maior inimigo da saúde brasileira. Para isso, listamos abaixo alguns fatos sobre o tema:

Existência de fatores de risco não é condição obrigatória

Apesar de pessoas de pele clara serem mais atingidas, o câncer de pele não-melanoma não afeta apenas elas. Todas as etnias e seus tons de pele estão sujeitos a desenvolver a doença³. Além disso, embora o risco de câncer de pele aumente com a idade, pessoas mais jovens também podem desenvolver a doença, especialmente se tiverem exposição prolongada ao sol³. Por fim, ainda que o histórico familiar deva ser considerado, qualquer pessoa pode desenvolver a doença, mesmo sem registro de pacientes na família³.

O filtro solar não pode ser dispensado

Em dias nublados, mesmo que não esteja ensolarado, a radiação UV está presente, pode causar danos à pele e, por isso, o filtro solar deve ser aplicado⁴. E embora o protetor solar possa reduzir a produção de vitamina D pela pele, ele não impede sua absorção por completo. A exposição ao sol ainda é uma das principais fontes dessa vitamina⁵.

Podem haver mutilações e metástases

Embora seja o tumor de pele com menor mortalidade, se não tratado adequadamente, pode deixar mutilações expressivas². Em alguns casos, o tumor pode progredir para estágios avançados, onde o câncer cresce profundamente para a pele ou entra em metástase, se espalhando para outros tecidos ou órgãos, e se tornando muito mais difícil de tratar⁶.

Como prevenir o câncer de pele não-melanoma?

A pele, sempre vale lembrar, é o maior órgão do corpo humano, fundamental para proteger o organismo contra infecções e lesões, servir de barreira contra germes, como bactérias, controlar a perda de líquido, ajudar a regular a temperatura corporal, proteger o corpo da radiação ultravioleta (UV) e produzir vitamina⁷. Não há meios de garantir a prevenção de todos os cânceres de pele, fatores de risco como idade, sexo, raça e histórico familiar não podem ser controlados, mas há cuidados que podem ser tomados para diminuir o risco de desenvolver esses e outros cânceres de pele⁸, tais como:

• Usar filtro (protetor) solar com fator de proteção 30 (no mínimo)⁹. A aplicação deve ser feita 30 minutos antes da exposição ao sol e o filtro solar deve ser reaplicado a cada duas horas ou após mergulho ou transpiração¹⁰;
• Evitar a exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h¹⁰;
• Ficar em lugares com sombra, e usar proteção adequada como roupas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas¹⁰;
• Agendar consultas regulares com o dermatologista: o diagnóstico precoce é fundamental⁹.

Sintomas e diagnóstico da doença
O câncer de pele não melanoma (CPNM) é mais frequente em áreas do corpo mais expostas ao sol, principalmente no rosto, pescoço e orelhas¹¹. Entre os sintomas estão manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram; e feridas que não cicatrizam em até quatro semanas¹¹. Em todos esses casos, um médico dermatologista deve ser procurado imediatamente.

Até recentemente, o diagnóstico era realizado somente através do exame clínico e da histopatologia, atualmente, já existe outra ferramenta: a dermatoscopia. É um exame que poupa alguns pacientes da biópsia, que poderia deixar uma cicatriz cirúrgica inestética. A dermatoscopia, no entanto, muitas vezes precisa ser complementada com o exame histopatológico, que além de confirmar o diagnóstico apontará a indicação precisa do tratamento¹².

 

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Este material é dirigido exclusivamente à imprensa especializada como fonte de informação. Recomenda-se que o conteúdo não seja reproduzido integralmente. As informações veiculadas neste documento têm caráter apenas informativo e não podem substituir, em qualquer hipótese, as recomendações do médico ou farmacêutico nem servir de subsídio para efetuar um diagnóstico médico ou estimular a automedicação. O médico é o único profissional competente para prescrever o melhor tratamento para o seu paciente.

 

Referências:

^{1 Instituto Nacional de Câncer – INCA – “INCA estima 704 mil casos de câncer por ano no Brasil até 2025” – Publicado em 23/11/2022 e atualizado em 24/11/2022. Disponível em:} Link

^{2 Instituto Nacional de Câncer – INCA – Câncer de pele não melanoma. Introdução. Disponível em:} Link 
^{3 Instituto Nacional de Câncer – INCA – Câncer de pele não melanoma. Introdução – Disponível em:} Link
4 Instituto Nacional de Câncer – INCA – Câncer de pele: saiba como prevenir, diagnosticar e tratar. Disponível em: Link
5 National Institutes of Health. Office of Dietary Supplements. “Vitamin D – Health Professional Fact Sheet.” U.S. Department of Health and Human Services, 2020. Disponível em: Link
6 Samarasinghe V. Mandan V, Nonmelanoma skin cancer. J. Cutan Aesthet Surg 2012. (1): 3-10.
7 Instituto Oncoguia – Guia “Estou com câncer de pele, e agora?”. Disponível em: Link
8 American Cancer Society – Can Basal and Squamous Cell Skin Cancers Be Prevented? Disponível em: Link
9 Instituto Nacional de Câncer – INCA – Câncer de pele: saiba como prevenir, diagnosticar e tratar. Disponível em: Link
10 Instituto Nacional de Câncer – INCA – Câncer de pele não melanoma. Como prevenir. Disponível em: Link
11 Instituto Nacional de Câncer – INCA – Câncer de pele não melanoma. Prevenção – Disponível em: Link
12 Instituto Nacional de Câncer – INCA – Câncer de pele não melanoma. Diagnóstico- Disponível em: Link