Ambientes barulhentos e fones de ouvido com música alta têm causado aumento na prevalência do zumbido em toda a população, incluindo os mais jovens. Um estudo da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (APIDIZ) constatou que a atual geração de adolescentes já apresenta zumbido, sinal de alerta para a perda auditiva precoce. Cerca de 55% dos entrevistados, que possuem entre 11 e 17 anos, sofreram com o barulho no último ano.
“O zumbido é o barulho, no ouvido ou na cabeça, sem uma real fonte externa. Atinge cerca de 28 milhões de brasileiros, possui etiologia múltipla e é um alerta do organismo de que algo está errado. O sintoma tem maior prevalência na terceira idade, mas é cada vez mais comum entre os jovens”, esclarece a otorrinolaringologista Clarice Saba, Vice-Presidente da Sociedade de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Bahia.
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A médica, que já ganhou o Jack Vernon Awards, importante prêmio científico internacional na área de estudos sobre zumbido, discute o assunto na quinta (7), às 13h, em ação do EMPAHZ – Encontro Mensal dos Pacientes Portadores de Hiperacusia e Zumbido. Na companhia da fonoaudióloga Mariana Amary, Clarice Saba fala sobre causas, consequências e tratamentos do sintoma. O evento é gratuito, aberto ao público e acontece no auditório do Centro Médico Aliança.
Veja a entrevista com a Otorrinolaringologista, Clarice Saba, sobre Hiperacusia e Zumbido, ao programa Saúde no Ar:
Redação Saúde no Ar*
João Neto