Na sétima reunião do Comitê de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS), a diretora-geral, Margaret Chan, afirmou que 23 projetos de vacinas contra o zika estão sendo desenvolvidos e falou sobre o aumento observado de doenças neurológicas e malformações congênitas causados pelo vírus.
A reunião científica analisou as evidências ligando infecção por zika com malformações fetais e doenças neurológicas. Embora a associação ainda não esteja cientificamente provada, a reunião concluiu que existe um consenso científico de que o vírus zika está implicado nesses distúrbios neurológicos. O tipo de ação urgente exigida por esta emergência de saúde pública não deve esperar por uma prova definitiva.
Em termos de novos produtos médicos, os especialistas concordaram que um teste de diagnóstico rápido e confiável é a prioridade mais urgente. Atualmente, mais de 30 empresas estão trabalhando, ou já desenvolveram, potenciais novos testes de diagnóstico.
A OMS estima que pelo menos alguns dos projetos vão passar para ensaios clínicos antes do final deste ano, mas será necessário mais tempo para que uma vacina totalmente testada e licenciada esteja pronta para uso.
Durante a reunião, os peritos analisaram o manejo de complicações, incluindo malformações fetais e doenças neurológicas, e o pesado fardo que isto coloca sobre os sistemas de saúde. Evidências sustentam a probabilidade de que a infecção por zika durante a gravidez terá uma vasta gama de efeitos sobre o desenvolvimento do feto, além da microcefalia.
Conforme concluíram os especialistas, uma mudança no pensamento é necessária, para além do manejo de casos individuais e em direção à construção de capacidades de resposta a estes encargos adicionais. Distúrbios neurológicos como a Síndrome de Guillain-Barré por exemplo,exigem capacidade adicional para fornecer cuidados intensivos a quem precisa.
Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS).