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Meta para o Outubro Rosa

Realizar mais de 20 mil mamograias, este mês, na capital e no interior. Essa é a nova meta baiana para a campanha Outubro Rosa, lançada oficialmente nesta quarta-feira (5) pela Secretaria da Saúde (Sesab), em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e outros órgãos estaduais e sociedade civil. A expectativa é superar o recorde mundial de 20 mil exames realizados no mesmo período de 2015. Para isso, em Salvador e mais dez cidades do interior do estado será intensificada a realização de exames, apostando na prevenção e no diagnóstico como a melhor forma de tratar e curar o câncer de mama. Além das mamografias, uma campanha educativa, que envolve palestras e outras mobilizações, também integra a agenda do Outubro Rosa na Bahia.

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Ao anunciar a nova meta, durante a cerimônia de lançamento da campanha mundial, no Centro de Oncologia da Bahia (Cican), em Salvador, o secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, afirmou que “a principal causa de morte por câncer entre mulheres se dá pelo câncer de mama e o diagnóstico precoce pode levar à cura. Além disso, quando precocemente descoberto pode-se evitar o procedimento cirúrgico de retirar a mama por completo, o que, para algumas mulheres, é como uma mutilação, ou ainda evitar procedimentos complementares como quimioterapia ou radioterapia, aumentando a sobrevida dessas pacientes e reduzindo a morbidade”.

As ações serão intensificadas em toda a rede estadual, dentro de hospitais ou ainda com as unidades móveis espalhadas pelo interior. Como referência para o tratamento de câncer no estado, o Cican estará disponibilizando diariamente 30 mamografias extras para o rastreamento, além das 1.950 que são realizadas mensalmente no local. Os exames são feitos com tecnologia de ponta depois da inauguração do novo centro de biomagem, em abril deste ano.

Seguindo o modelo de gestão de Parceria Público-Privada (PPP), a unidade possui equipamentos modernos que oferecem imagens digitalizadas, além de dar ao paciente maior rapidez e mais agilidade no resultado. Para a dona de casa Maria Pereira dos Santos, 52 anos, a área nova ficou muito mais confortável. “Eu faço exames de rotina aqui no Cican há seis anos e sempre fui bem atendida, mas, depois dessa mudança, ficou muito melhor. A gente é atendido mais rápido, os exames também demoram menos. Ficou uma maravilha”.

Para fazer os exames de rastreamento não é necessária a solicitação médica e o atendimento acontece de segunda à sexta-feira. A campanha atende gratuitamente mulheres de 50 a 69 anos, que precisam comparecer aos locais de exame com identidade, CPF, comprovante de residência e carteira do Sistema Único de Saúde (SUS). Caso alguma alteração seja verificada na mamografia, elas serão encaminhadas para exames complementares em unidades de referência e, quando necessário, iniciam o tratamento o quanto antes.

Campanha educativa

Além da realização de exames, a cidade está mobilizada em prol da campanha, e alguns monumentos como ‘As Meninas do Brasil’ (conhecido como as Gordinhas de Ondina) e o de Maria Quitéria, no Largo da Soledade, em Salvador, estão vestidos de rosa. As atividades ainda incluem distribuição de panfletos, capacitação de agentes de saúde no interior, e web palestras voltadas para profissionais de saúde do estado, com transmissão para diversos municípios, por meio de salas de videoconferência e também pela internet. O calendário e o link para acesso podem ser conferidos no site Telessaúde.

As bibliotecas públicas, administradas pela Secretaria de Cultura do Estado (Secult), também estão com programação voltada para a conscientização e prevenção do câncer de mama. Estão mobilizadas a Biblioteca Móvel, a Biblioteca Juracy Magalhães Jr, em Itaparica, e a Juracy Magalhães Jr, no bairro do Rio Vermelho, na capital.

Segundo a secretária de Políticas para as Mulheres (SPM), essas ações são no intuito de preservar a vida dessas mulheres e de mudar as estatísticas no estado. “Ainda temos o registro da morte de mulheres baianas por conta do câncer de mama, mas estamos lutando para conscientizar e apostamos no diagnóstico precoce. A mulher tem sobrecarga de trabalho, de cuidados com a família, e, muitas vezes, posterga o cuidado consigo mesma. A mobilização é muito importante, e é preciso que todas as instituições públicas e privadas assumam o compromisso de acolher, diagnosticar e tratar essas mulheres no tempo adequado”.

Fonte: Sesab

Redação Saúde no Ar

João Neto

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