O mundo deve se preparar para os impactos potencialmente devastadores das mudanças climáticas na saúde humana. Algumas dessas consequências podem ser evitadas se a humanidade diminuir radicalmente o uso de combustíveis fósseis nas próximas décadas, mas já estão sendo afetados muitos países, disseram os participantes na abertura de uma conferência de dois dias organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Segundo a ministra francesa do Meio Ambiente, Ségolène Royal, que também é presidente rotativa das conversações da ONU sobre a melhor forma de lidar com o aquecimento global, disse que os impactos na saúde devem desempenhar um papel mais central nas futuras negociações. “Saúde e clima são indissociáveis porque a saúde humana depende diretamente da saúde do planeta”, afirmou Royal.
No Acordo de Paris, assinado em dezembro do ano passado, os países se comprometem a limitar o aquecimento global bem abaixo de 2º Celsius, além de ajudar as nações pobres a lidarem com seus impactos. Um número crescente de estudos científicos prevê um cenário de sofrimento humano causado por alterações nos padrões climáticos, elevação dos mares, secas e grandes tempestades.
A Segunda Conferência Global sobre Saúde e Clima terminará a proposta de “programa de ação” para os governos nacionais.
Alguns dos impactos discutidos foram:
• Os casos de doenças tropicais como malária, dengue e zika, que estão aumentando conforme os insetos que as transmitem se espalham com o aquecimento global.
• Períodos quentes provocam mortes principalmente em idosos e doentes. Só na Europa mais de 45.000 morreram devido a uma onda de calor no verão de 2003.
• A ameaça para o abastecimento alimentar global uma das maiores preocupações. Muitos alimentos básicos, especialmente nos países em desenvolvimento, não podem se adaptar rápido o suficiente às mudanças do tempo, resultando em rendimentos mais baixos.
• A OMS estima que sete milhões de pessoas morrem a cada ano por causa da poluição do ar, que também contribui para o aquecimento global como um gás do efeito estufa.
Redação Saúde no Ar*
Taiane Silva