“Uma situação que só se agrava”, essa foi a que se referiu o deputado Antonio Brito (PSD/BA) e presidente da Frente Parlamentar de apoio às Santas Casas no Congresso, sobre a crise que vem enfrentando as entidades flantrópicas que prestam serviços ao SUS. A declaração foi feita durante o “Filantrópicos em Debate”, evento que reuniu associados da FESFBA da capital e do interior na tarde desta terça-feira.
De acordo com Antonio Brito a crise das Santas Casas é causada principalmente pela defasagem existente no pagamento do Sistema Único de Saúde (SUS) aos serviços prestados.“Estarei reivindicando com os governos federal e estadual a implementação de medidas importantes para o fortalecimento do setor, que vive uma crise sem precedentes. Precisamos, o quanto antes, reajustar os SUS”, afirmou.
Com a presença de representantes do Governo Federal:o vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Antonio Carlos Ferreira; o superintendente executivo da Caixa, José Ricardo e o coordenador-Geral de Análise e Gestão do Ministério da Saúde, Brunno Carrijo, o encontro foi uma oportunidade para esclarecer dúvidas.
O presidente da FESFBA, Mauricio Dias, também avaliou a crise e mostrou números que atestam a importância das Santas Casas para o SUS”;Apesar da importância – pontuou- a crise é muito grave.A dívida do setor filantrópico ultrapassou R$ 21 bilhões no fim do ano passado. Esta situação- analisou – compromete o atendimento aos usuários e coloca as 2,1 mil instituições em estado de alerta.Ele apresentou sugestões a Brunno Carrijo para dar maior celeridade ao Programa de Fortalecimento das Entidades Privadas Filantrópicas e das Entidades sem Fins Lucrativos que Atuam na Área de Saúde (PROSUS. No encontro, foram discutidas as linhas de crédito oferecidas ao setor, assim como a burocracia para a aderir ao PROSUS.
O vice presidente da CEF disse reconhecer o desafio que é ser gestor de um hospital filantrópico no País. Ele prometeu dar velocidade à análise das propostas para acelerar o BNDES Saúde, linha de financiamento de reestruturação financeira das entidades filantrópicas,muito importante porque oferece condições bem melhores que o Caixa Hospital,linha de capital de giro com prazo de 84 meses e cuja taxa de juros sofre o impacto da Selic.
Fonte: FESFBA
Redação Saúde no ar.