Nesta quinta-feira (20/08), Patrícia Tosta, entrevistou o médico oftalmologista, Dr. Vespasiano Santos. Ele atende em consultório próprio, no Hospital Irmã Dulce e no Hospital Espanhol. Dr. Vespasiano, fala sobre estrabismo. A doença ocular é um desvio de um dos olhos da direção correta, de modo que o indivíduo não consegue dirigir simultaneamente os eixos visuais para o mesmo ponto.
Dr. Vespasiano informou que o estrabismo é uma doença congênita. O bebê já nasce com a doença, mas o problema somente é detectado, após um ano de nascimento.
– Até um ano de idade, as mamães podem ficar despreocupadas. Não existe uma simetria no olhar. Um olho as vezes desvia outro não.
Ele explica que antigamente a cirurgia somente era feita após o paciente atingir dezoito anos. Atualmente a cirurgia é feita com um ano de idade e no máximo até com 4 anos de idade. A demora no diagnóstico dificulta a cirurgia e a solução do problema. Na maioria das vezes, o olho desvia porque um olho tem um grau mais forte do que outro. – E preciso diagnosticar a causa, permanecendo o estrabismo, deve ser feito a cirurgia.
Perguntado se a doença é detectada com o “teste do olhinho”, Dr. Vespasiano disse que não. – Isso não é detectado no teste do olhinho. Ele serve apenas para saber se existe um descolamento da retina ou se existe catarata.
Patricia Tosta perguntou: “A criança com paralisia cerebral, pode ser um fator de risco para o strabismo?” – Sim. Um traumatismo, uma alteração neurológica pode causar estrabismo.
Somente o estrabismo acomodativo não resolve com cirurgia. – existe um tipo de estrabismo que não resolve com a cirurgia. Tem que fazer o uso de óculos. E um grau maior do que o necessário. E o estrabismo acomodativo”.
Dr. Vespasiano explicou que a retina existe uma região chamada mácula, que é responsável pela visão central, quando está mácula não é estimulada, não é desenvolvida, a pessoa não enxerga bem.
– Um olho fica desviado mais do que o outro e ele não enxerga bem por não estimular a mácula para uma visão melhor.
Ainda segundo o oftalmologista, a principal preocupação com o estrabismo é o problema estético e a diminuição da visão no olho que está desviado.
Jorge Roriz