As histórias dos pacientes que se submeteram a amputações como consequência do diabetes são muito similares: o diabetes sem controle, hábitos da alimentares não-saudáveis, uso do álcool, fumo e falta de atividade física.
Por isso, é muito importante cuidar da prevenção do pé diabético, complicação da doença que representa a principal causa de amputações de membros inferiores, superando os acidentes, como destaca a coordenadora de Educação em Diabetes e Apoio à Rede (Codar), do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), Graça Velanes.
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O Cedeba prepara uma programação para o Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro), que acontecerá nos dias 16 a 18 de novembro. Haverá avaliação dos pés, com vistas ao rastreamento de redução ou perda de sensibilidade protetora plantar, sinalizador de ulcerações, atividade que terá como responsáveis médicos e enfermeiros.
Nos pacientes diabéticos, a incidência de ulceração é de 25%, em razão do pé diabético (definido como infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos moles associados a alterações neurológicas e a vários graus de doença arterial periférica nos membros inferiores). E 85% das úlceras precedem as amputações, caracterizando importante problema de saúde pública.
A reabilitação
Uma das principais complicações do diabetes sem controle, o pé diabético responde por 40 a 60% das amputações não – traumáticas. Quando os pacientes diabéticos sofrem amputações são encaminhados para o Centro Estadual de Prevenção e Reabilitação de Deficiências (Cepred), unidade da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). A demanda por próteses no Cepred reflete o número de amputações tendo como causa o pé diabético.
O Cepred trabalha com a reabilitação de pessoas que sofreram amputações por doenças diversas, por traumas, mas os diabéticos são quase 80%. São pessoas de toda Bahia e até de estados vizinhos do Nordeste.
Redação Saúd no Ar
João Neto