Santiago no Chile é uma das cidades esta em emergência ambiental devido à alta poluição. Para tentar solucionar o problema, uma medida foi anunciada pelo governo local, que proíbe a circulação de 40% dos veículos da cidade.
A medida foi aderida devido às más condições de ventilação, com o objetivo de proteger a saúde da população, afirmou a Intendência do governo de Santiago num comunicado. As autoridades proibiram o uso de aquecedores à lenha e recomendaram que não fossem realizadas atividades esportivas ao ar livre na capital, cerca de sete milhões de habitantes.
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Santiago é uma das regiões com altos níveis de poluição, devido aos fatores geográficos, climáticos e medidas pouco eficientes. No inverno e outono, os ventos diminuem e a poluição se intensifica em Santiago pelo “engavetamento” geográfico, por ser um vale rodeado por montanhas.
A inversão térmica ocorre quando uma nuvem de ar quente impede que o ar frio, que situa mais abaixo e concentra poluentes, circula um efeito que acentua no inverno, quando as temperaturas caem. A nuvem de fumaça diminui a visibilidade e provoca sensação de secura na garganta e irritação nos olhos. Em longo prazo, pode aumentar o risco de derrames cerebrais, doenças cardíacas, câncer de pulmão e doenças respiratórias agudas e crônicas. A cada ano, cerca de 4.000 pessoas morrem prematuramente por doenças cardiopulmonares associadas à poluição no Chile, segundo um relatório oficial de 2014.
Santiago é considerada uma das cidades mais poluídas da América Latina e registra constantes episódios de alerta ambiental há mais de 20 anos.
Redação Saúde no Ar*
Taiane Silva