Celular tem maior valor social para as mulheres

Com os telefones celulares nas mãos de pessoas de todas as idades em tempo integral, a ideia geral é que o acesso à comunicação constante nos faz sentir mais próximos uns dos outros.

Bem, sim e não.

Na verdade, o uso do celular pode levar até mesmo à sensação de “menos conectado socialmente”, dependendo do sexo, dos hábitos de uso do celular e de quem é o outro com quem se relaciona.

Para as mulheres, falar ao celular está associado com sentir-se emocionalmente mais próximas dos seus pais. No entanto, quando se trata de relacionamentos com amigos e amigas, somente as mensagens de texto foram associadas com a sensação de proximidade emocional.

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Para os homens, o oposto é verdadeiro – chamadas diárias e mensagens de texto não foram relacionados de forma alguma a sentimentos de proximidade emocional nem com seus pais e nem com os seus amigos.

Uso do celular por homens e mulheres

As estudantes do sexo feminino ouvidas na pesquisa relataram gastar uma média de 365 minutos por dia usando seus telefones celulares, enviando e recebendo uma média de 265 textos por dia, e fazendo e recebendo seis chamadas por dia.

Os estudantes do sexo masculino relataram gastar menos tempo em seu celular (287 minutos), enviar e receber menos textos (190), e fazer e receber a mesma quantidade de chamadas que as estudantes do sexo feminino.

Com isso, Andrew Lepp, Jacob Barkley e Jian Li, da Universidade Kent (EUA), responsáveis pelo estudo, afirmam que o celular pode ter mais valor social para as mulheres do que para os homens, de forma que as mulheres podem usá-lo melhor para aumentar ou complementar suas relações sociais.

Uso problemático do celular

Os pesquisadores também analisaram o uso problemático do celular, definido como um desejo recorrente de usar o telefone durante horas impróprias – ao dirigir um carro ou à noite, quando deveriam estar dormindo.

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Tanto para homens quanto para mulheres, o uso do telefone celular problemático está negativamente relacionado com sentimentos de proximidade emocional com os pais e com os colegas.

“Em outras palavras, os alunos no estudo que tendiam a usar seus telefones celulares compulsivamente e em momentos inoportunos sentiram-se menos socialmente conectados tanto a pais quanto a colegas,” afirmam os autores.

Os resultados foram publicados na revista Computers in Human Behavior.

Fonte: Diário da Saúde

Redação Saúde no Ar*

João Neto

 

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