Setembro é lembrado como o mês de conscientização sobre a prevenção do suicídio, mas o que muita gente esquece é que esse é também o período para divulgar a Doença de Alzheimer, com destaque para o dia 21, Dia Mundial da Conscientização sobre a Doença. O lema escolhido pela ABRAz, Associação Brasileira de Alzheimer para este ano foi “Alzheimer: eu não esqueço”.
O cuidado com a doença passa pelo reconhecimento, enfrentamento e aceitação, lembrando não apenas que ela existe, mas que as pessoas que convivem com ela precisam de ajuda, apoio e orientação. O maior desafio é sensibilizar a população e reduzir o estigma que cerca a doença e afasta as pessoas da identificação de sintomas e do enfrentamento do problema. Há quase 900 milhões de pessoas com mais de 60 anos vivendo no mundo inteiro. A maior expectativa de vida contribui para o rápido crescimento desse número e está associado a um aumento da prevalência de doenças crônicas sendo que entre os mais de 100 tipos de demências a doença de Alzheimer está entre as mais comuns. Um estudo divulgado pela ADI, Alzheimer’s Disease International, revela que pessoas acima de 60 anos de idade estão mais suscetíveis à demência, porém ela pode afetar pessoas mais jovens. Nos estágios mais tardios, as pessoas com demência ficam impossibilitadas de realizar tarefas cotidianas e necessitam de cada vez mais apoio. A ADI estima haver 46,8 milhões de pessoas no mundo vivendo com demência em 2015. Este número quase irá dobrar a cada 20 anos, chegando a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050. Essas novas estimativas são de 12 a 13% mais elevadas do que as feitas anteriormente em relatório da ADI em 2009.
A cada 3,2 segundos surge um caso novo de demência no mundo. Atualmente, 58% de todas as pessoas com demência vivem nestes países. A incidência de demência aumenta exponencialmente com o aumento da idade, sendo duplicada a cada 6,3 anos com o avançar da idade. O custo global das demências aumentou de 604 bilhões de dólares em 2010 para 818 bilhões de dólares em 2015, ou seja, houve um aumento de 35,4%. Quase todas as projeções atuais de epidemia de demência assumem que a prevalência de demência não irá variar ao longo do tempo, e que o envelhecimento da população isoladamente impulsiona o aumento projetado. Deve-se chamar a atenção para o Brasil, que como todo o restante da América Latina, seguirá esta tendência e terá os seus custos aumentados de maneira realmente significativa, principalmente em fases mais avançadas.
O Alzheimer é a principal causa de demência entre os idosos no mundo, a organização mundial da saúde estima que o Brasil tenha 1,2 milhões de pessoas com a doença e em 10% dos casos ela é passada de pais para filhos, destrói as funções do cérebro e não tem cura e aos poucos o paciente vai perdendo a memória e a noção de tempo e espaço
O Neurologista Ramom Kruscherwesky falou sobre o assunto em entrevista com Patricia Tosta no programa Saúde no Ar exibido pela Rádio Excelsior AM 840 e Rádio Web Saúde no Ar nesta terça-feira, 20 de setembro 2016, ouça a entrevista e esclareça dúvidas sobre a deença.
Redação Saúde no ar.
Fonte: ABRAz – Associação Brasileira de Alzheimer