O Instituto Robert Koch (RKI) de Berlim, especializado em virologia, confirmou nesta sexta-feira (13), o primeiro caso de contágio do vírus da zika por transmissão sexual na Alemanha. Devido à estação do ano e à região geográfica se pode descartar que o vírus tenha sido transmitido por um mosquito, segundo ressalta o RKI em comunicado.
A pessoa infectada é uma mulher que manteve relações sexuais com seu parceiro sem proteção. Segundo o instituto, o homem esteve no início de abril em Porto Rico e, após seu retorno à Alemanha, começou a apresentar sintomas próprios de uma infecção pelo vírus da zika.
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O Instituto de Medicina Tropical Bernhard Nocht detectou em um exame de urina o genoma do vírus da zika, além de constatar a presença de anticorpos. A mulher, que desde meados de janeiro de 2016 não tinha estado em nenhuma região onde o vírus está espalhado, desenvolveu sintomas de contágio duas semanas depois que seu parceiro.
Embora a principal via de contágio do vírus da zika seja o mosquito Aedes aegypti, já foram registrados ao redor do mundo casos de infecção por transmissão sexual.
Por isso, o Centro Europeu para a Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), recomenda aos homens que tenham viajado para áreas afetadas que utilizem preservativos em suas relações sexuais, também com mulheres grávidas.
Atualmente, o vírus da zika está estendido principalmente na região da América Central, América do Sul e Caribe, mas também em países do Pacífico Sul.
Redação Saúde no Ar*
João Neto