A saúde do trabalhador e trabalhadora da área urbana

Mais uma vez trago a temática saúde do trabalhador no Brasil. Destacarei os trabalhadores homens e mulheres da área urbana, pertencentes ao trabalho formal, informal, avulso, temporário, lembrando também dos terceirizados.

Estamos cercados por um capitalismo predatório que visa, paulatinamente, exterminar os direitos garantidos pela Constituição Cidadã de 1988 e pela CLT, através da Lei da Reforma Trabalhista nº 13.467 de 2017, bem como moldando os trabalhadores de acordo com as metamorfoses e os interesses do capital.

Atualmente, o mundo e o Brasil passam por constantes transformações sociais, econômicas, políticas e culturais, que impactam direta e indiretamente nas relações de trabalho, isto é na relação de exploração capital-trabalho, que se manifestam nos acordos e contratos de trabalho, na precarização do trabalho que leva os trabalhadores a realizarem atividades em condições insalubres e perigosas, reforçando a precarização da saúde do trabalhador, para garantir a reprodução do capital e manutenção da conjuntura.

Vale ressaltar que o ESTADO burguês quando permanece omisso, fica subordinado à lógica do capital.

O trabalho, no modo de produção capitalista, é determinado pelo processo de produção, no qual acidentar e adoecer são resultantes de relações sociais, em que o trabalhador torna-se um mero acessório da máquina.

O trabalho que deveria gerar prazer, felicidade, causa fadiga, doenças, acidentes, sofrimentos físicos e mentais. Muitos acidentes de trabalho, quando não matam, podem deixar mutilações e outras sequelas.

Nos mais diversos ramos ou atividades produtivas, observa-se que a saúde do trabalhador sofre de todos os castigos impostos à força de trabalho, reduzido não só à condição de mercadoria, mas de principal mercadoria do modo de produção capitalista, pois é da extração do sobretrabalho intensivo, da mais-valia, da exploração e desgaste da saúde do trabalhador que as condições favorecem para centralização, concentração e acumulação do capital.

O conjunto de inovações tecnológicas e organizacionais que aconteceram nos últimos 40 anos e permanece nos dias atuais produziu e continua produzindo um cenário de desconforto, de desobediência às normas e leis, de sobrecarga de trabalho, de pressão para atingir metas que podem causar, contribuir ou desencadear doenças ou afecções nos trabalhadores, tais como LER/DORT, distúrbios mentais causados pelo estresse, lombalgias, perdas auditivas, problemas oculares.

Destaco e enfatizo o velho e atual assédio moral que pode desencadear nos trabalhadores ansiedade, sentimento de agressão, perturbações psicossomáticas, estado depressivo, suicídio.

Diante do quadro em que os trabalhadores e trabalhadoras urbanos se encontram, é necessário fortalecer os sindicatos para que o debate resulte na organização da classe trabalhadora, com a construção de uma nova sociedade em que a saúde do trabalhador seja prioridade das organizações, sejam elas privadas ou públicas.

Wéltima CunhaO assunto foi tema do quadro “Meio Ambiente e Saúde”, veiculado às quartas-feiras pelo programa Saúde no Ar.

 

 

 

Ouça o comentário da professora do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia da Bahia-IFBA-Vitória da Conquista

 

LOGO NUTRIÇÃO UFBADesde o ano de 2017 a Escola de Nutrição/UFBA,desenvolve o projeto de Extensão,“Nutrição, meio ambiente e saúde no ar: comunicação em saúde e cidadania”, sob a coordenação da Profa Ma.Neuza Maria Miranda dos Santos e colaboração do Grupo Germen, e da  aluna bolsista do projeto Permanecer, Thuane Policarpo.

Para participar do Projeto que tem como objetivo apresentar e discutir temas de saúde, em seu conceito ampliado, além de difundir informações científicas sobre nutrição, alimentação saudável e qualidade de vida, basta enviar perguntas ou sugestões de temas para o email: produção@portalsaudenoar.com.br ou uma mensagem de texto ou áudio para o WhatsApp: 71-9968-13998.

Redação Saúde no Ar

Texto: Wéltima Cunha-IFBA-VC

Foto:Internet/Wéltima Cunha

 

 

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